Um dos dois soldados canadenses atropelados em um incidente classificado como um ato terrorista pelo governo morreu, informou a polícia de Québec nesta terça-feira. As autoridades identificaram a vítima como Patrice Vincent, subtenente de 53 anos de idade.
Ele foi atingido quando caminhava com outro militar perto de um escritório do governo em um shopping center de Saint-Jean-sur-Richelieu, pequena cidade perto de Montreal que abriga um colégio militar. A outra vítima sofreu ferimentos leves.
O motorista foi identificado como Martin Couture-Rouleau, um jovem de 25 anos que teria se “radicalizado”, segundo as autoridades. Após atingir os militares com seu carro, Rouleau tentou fugir e foi perseguido por dois policiais canadenses. Ele então perdeu o controle do carro e capotou várias vezes. Ao tentar sair do veículo, foi atingido pelos agentes de segurança e morreu no hospital.
A polícia de Quebec informou que Rouleau estava sendo investigado por suspeita de que poderia deixar o país para se juntar a grupos extremistas no exterior. “Ele era parte de nossos esforços investigativos para tentar identificar pessoas propensas a cometer atos criminais viajando ao exterior com objetivos terroristas”, disse à Associated Press o comissário de polícia Bob Paulson.
O primeiro-ministro Stephen Harper afirmou no Parlamento que o governo deve apresentar nos próximos dias uma legislação antiterror. Um comunicado divulgado por seu gabinete refere-se ao motorista dizendo que as autoridades têm “claras indicações de que o indivíduo tornou-se um radical”.
A polícia não deu detalhes sobre qual teria sido a motivação para o crime. Suspeita-se que o ataque possa estar ligado ao grupo Estado Islâmico, que pediu a apoiadores do mundo todo para realizarem atentados em países ocidentais que apoiam a coalizão liderada pelos Estados Unidos para combater os jihadistas no Iraque e na Síria.
(Com agência Reuters e Estadão Conteúdo)