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Sócios da Mossack Fonseca são presos por escândalo Panama Papers

As detenções preventivas estão relacionadas às investigações na operação Lava Jato no Brasil

Por Da redação
10 fev 2017, 08h04
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  • Os dois fundadores do escritório de advocacia Mossack Fonseca, envolvido no escândalo Panama Papers, foram detidos de maneira preventiva nesta quinta-feira, como parte de investigações relacionadas com a operação Lava Jato no Brasil. Jürgen Mossack e Ramón Fonseca Mora foram levados para uma cela na sede da Direção de Investigação Judicial da Polícia, na capital panamenha, depois de prestar depoimento na Procuradoria, informou Elías Solano, um dos advogados da Mossack Fonseca.

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    A Procuradoria panamenha fez buscas na quinta-feira nos escritórios da Mossack Fonseca e acusa os sócios de lavagem de dinheiro. De acordo com a procuradora Kenia Porcell, a empresa é supostamente “uma organização criminosa que se dedica a ocultar ativos e dinheiro de origens suspeitas” e serve para “eliminar evidências dos envolvidos em atividades ilícitas relacionadas ao caso Lava Jato”.

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    Solano, porém, afirmou que “todo o Panamá vai poder ver que não existe” a lavagem de dinheiro e são “acusações forçadas, carentes de provas”. Além de Mossack e Fonseca, uma terceira pessoa foi detida.

    A operação Lava Jato revelou subornos de grandes construtoras a funcionários públicos na América Latina entre 2005 e 2014. Antes de sua detenção, Ramón Fonseca havia acusado o presidente do Panamá, Juan Carlos Varela, de receber doações da Odebrecht. “Para mim, o presidente Varela – que caia um raio sobre a minha cabeça se eu estiver mentindo – disse que havia aceitado doações da Odebrecht, porque não podia brigar com todo mundo”, disse Fonseca.

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    Varela rebateu as acusações e disse que “não existem doações da empresa Odebrecht” durante a campanha eleitoral de 2014. “As doações recebidas em minha campanha são contribuições políticas. Não são subornos. Nem um dólar destas contribuições foram para meu benefício ou da minha família”, disse Varela.

    Fonseca, ministro-conselheiro do governo de Varela e dirigente do Partido Panamenho (direita), foi obrigado a pedir demissão ano passado após o escândalo do Panamá Papers, um vazamento de documentos que revelou como advogados criaram empresas para evadir impostos em escala mundial, ou para esconder dinheiro procedente de atividades ilícitas.

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    Por mais de uma década, a Odebrecht manteve este “esquema de corrupção em massa”, pagando cerca de US$ 800 milhões em subornos a funcionários de governos em três continentes, de acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos.

    Vários países da América Latina estão realizando investigações sobre supostos subornos da Odebrecht em troca de contratos públicos. O caso afetou até o momento o ex-presidente do Peru Alejandro Toledo, a campanha do atual presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e vários parentes do ex-presidente panamenho Ricardo Martinelli, onde a Odebrecht teria realizado pagamentos de mais 59 milhões de dólares em subornos.

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    Fonseca Mora disse que seu escritório não tem nada a ver com as acusações e denunciou que as autoridades procuram um “bode expiatório” para “desviar a atenção”.

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    (com Agência AFP)

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