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Sistema de saúde de Nova York está ‘a dias’ de colapso, alerta governador

Andrew Cuomo ordenou confisco e redistribuição de respiradores mecânicos de hospitais privados; prefeito de NY pediu realocamento de profissionais da saúde

Por Da Redação
Atualizado em 3 abr 2020, 16h50 - Publicado em 3 abr 2020, 16h10

Andrew Cuomo, o governador de Nova York, nos Estados Unidos, afirmou nesta sexta-feira, 3, que o estado está “a apenas dias” de um colapso dos hospitais e do sistema de saúde devido às internações de pacientes com coronavírus.

Para aplacar a demanda, ele assinou uma ordem executiva autorizando o estado a apreender e redistribuir equipamentos médicos de hospitais e empresas do setor privado, reportou o jornal americano The New York Times. “Não vou deixar que pessoas morram porque não redistribuímos respiradores mecânicos”, disse Cuomo.

Segundo o governador, o estado tem mais de 100.000 casos confirmados e o número de mortes atingiu 2.935, após aumento recorde em 24h – concentrando 45% do total de mortes pelo vírus no país. No último dia, mais novaiorquinos morreram de coronavírus do que nos primeiros 27 dias de março.

“Este país ainda não adotou a postura correta para lidar com esta crise daqui para frente. Tudo o que vimos até agora, garanto que na próxima semana será muito mais difícil”, afirmou Cuomo.

Também nesta sexta-feira, Bill de Blasio, o prefeito da cidade de Nova York – que concentra mais da metade dos casos do estado – pediu que o Exército realocasse  profissionais de saúde do país nos locais mais atingidos pela pandemia.

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Segundo de Blasio, a cidade só tem equipamentos e pessoal suficiente até o domingo, 5 – que ele está chamando de “Dia D”. Um em cada seis policiais da metrópole está doente ou em quarentena, extenuando o Departamento de Polícia, cujos 36.000 funcionários já foram convocados para aplicar as regras da quarentena.

Autoridades da cidade de Nova York orientaram na quinta-feira 2 que os moradores sempre protegessem o rosto para sair de casa, mas enfatizaram a importância de ficar em casa. O isolamento, além evitar a disseminação do coronavírus, também dá alívio aos hospitais: internações de emergência caíram devido a uma queda acentuada no trânsito e no crime.

Ajuda improvável

Enquanto Nova York pleiteia médicos e enfermeiros dentro do próprio país, ajuda no formato de suprimentos médicos veio do outro lado do mundo. Nesta quinta-feira 2, um avião militar russo pousou em solo americano, carregando máscaras e respiradores mecânicos.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores de Moscou, os dois países dividiram o custo dos equipamentos e, em troca, a Rússia poderá contar com futuras ajudas dos Estados Unidos na luta contra o coronavírus.

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O presente, de acordo com o The New York Times, foi uma demonstração de poder do presidente Vladimir Putin, que quer provar ao mundo que os dias de dependência e súplica da Rússia acabaram há muito tempo.

Na semana passada, também despacharam equipamentos e pessoal médico para a Itália. Caminhões militares russos desfilaram nas estradas italianas com bandeiras da Rússia e faixas que diziam “Da Rússia, com amor”.

Só que a propaganda ressoou com polêmica no país, onde equipamentos médicos também não são abundantes. Até o momento, há 4.149 casos de coronavírus confirmados no país e 39 mortes – mas acredita-se que os dados subestimem o tamanho real da epidemia.

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As duas maiores e mais atingidas cidades do país, Moscou e São Petersburgo, entraram em quarentena esta semana. Moradores só podem deixar suas casas para comprar comida e remédios, e passear com seus cães até 100 metros de suas casas. Putin instituiu um feriado pago até 30 de abril para estimular o isolamento.

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