Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança do ditador, que já mataram mais de 3.500 pessoas no país, de acordo com a ONU, que vai investigar denúncias de crimes contra a humanidade no país.
- • Tentando escapar dos confrontos, milhares de sírios cruzaram a fronteira e foram buscar refúgio na vizinha Turquia.
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O regime da Síria anunciou neste domingo disposição a receber uma comissão ministerial da Liga Árabe antes da próxima quarta-feira, data quando termina o prazo dado pela organização para que o governo de Bashar al-Assad detenha a violência no país.
Uma autoridade do alto escalão sírio, citada pela agência oficial de notícias Sana‘ afirmou que Damasco segue considerando o acordo feito com a Liga Árabe no último dia 2 como ‘o marco adequado para combater a crise síria, longe de qualquer ingerência externa’.
Segundo a fonte, o governo sírio considera bem-vinda a visita de uma comissão ministerial árabe formada por observadores, jornalistas e analistas civis e militares dos países-membros da Liga. Essa missão deverá examinar a situação in loco e supervisionar a aplicação da iniciativa árabe em colaboração com o governo e as autoridades sírias, indicou a fonte.
Além disso, Damasco solicita a realização urgente de uma cúpula árabe extraordinária para discutir a situação no país e suas consequências negativas, e pede à secretaria da Liga Árabe que aja rapidamente para aplicar essas propostas. As declarações são divulgadas pela agência oficial de notícias um dia após a Liga suspender a Síria da organização por não ter recebido uma ‘resposta total e imediata’ de Damasco ao acordo, que exigia o fim da violência no país.
O representante sírio na Liga Árabe, Youssef Ahmed, criticou a decisão da entidade e acusou-a de estar submetida aos interesses dos Estados Unidos.