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Síria: revolta completa dois anos com protestos de opositores e ameaças do governo

Em Bruxelas, a União Europeia não chega a acordo sobre fim do embargo de armas pedido pelo presidente francês, François Hollande, e o primeiro-ministro britânico, David Cameron

Por Da Redação
15 mar 2013, 11h42
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  • No dia em que a revolta síria contra o regime do ditador Bashar al Assad completa dois anos, o governo do país alertou que pode atacar rebeldes escondidos no Líbano, caso o exército libanês não entre em ação. A informação é da agência de notícias estatal Sana. “A Síria espera que o lado libanês impeça que esses grupos terroristas armados usem as fronteiras como um ponto de travessia, porque eles estão mirando o povo sírio e violando a soberania do país”, disse o Ministério das Relações Exteriores sírio ao ministério homólogo libanês, na noite desta quinta-feira. Na mensagem, os sírios dizem que sua paciência não é ilimitada, embora suas forças tenham se contido em atacar gangues armadas dentro do território libanês.

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    O conflito já deixou mais de 70.000 mortos no país e foi classificado pelo ONU como guerra civil. De acordo com declarações do chefe da agência da ONU para refugiados, António Guterres, nesta sexta-feira, o conflito sírio ameaça a existência do Líbano. O país tem uma política de dissociação com a guerra na Síria, mas autoridades afirmam que sentem que seu país está cada vez mais em risco de ser arrastado para o conflito do vizinho. Acredita-se que mais de um milhão de sírios buscaram refúgio no Líbano.

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    Protestos – Os opositores ao regime de Assad organizaram várias manifestações ao longo do dia para exigir a queda do ditador. “Dois anos de sacrifícios pela vitória” foi o lema adotado pelos rebeldes. Em 2011, quando a revolta explodiu, os protestos começaram pacificamente, mas se transformaram em luta armada como resultado de uma repressão brutal.

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    Na noite desta quinta-feira, combates violentos foram registrados em Jussiye e outras localidades na fronteira com o Líbano, como na província de Homs, onde 14 rebeldes e 19 soldados morreram. Os subúrbios ao sul de Damasco foram cenário de bombardeios e combates.

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    Embargo da UE – Em meio às ameaças do regime ditatorial e aos protestos dos rebeldes, os estados-membros da União Europeia (UE), reunidos em Bruxelas, ainda não chegaram a um acordo sobre pôr fim ao embargo de envio de armas aos opositores de Assad. “Concordamos em encarregar nossos ministros das Relações Exteriores para avaliar a situação de forma prioritária na reunião informal prevista para a próxima semana em Dublin, e encontrar uma posição comum”, declarou o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, em coletiva de imprensa.

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    França e Reino Unido pressionam a UE para a suspensão imediata da medida, para que possam armar os rebeldes que combatem o regime de Bashar al Assad. Os países alegam que a coalizão opositora, internacionalmente reconhecida como representante legítima do povo sírio, não tem como se defender.

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    Em seu discurso na reunião da cúpula europeia, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, disse que a pressão feita pela comunidade internacional não conseguiu parar o conflito e proporcionar a transição do governo na Síria e que o embargo trata o regime ditatorial e a oposição como a mesma coisa. “Nós não deveríamos mandar um sinal bem claro de que existe uma diferença fundamental entre o regime e a oposição?”, questionou Cameron.

    Os estados-membros se mostram relutantes porque temem que as armas cheguem às mãos de extremistas.

    (Com agências Reuters e AFP)

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