Síria: número de mortos em 2011 passou de 5.800, diz grupo opositor
De acordo com os Comitês de Coordenação Local, duas pessoas já morreram no início de 2012 na cidade de Hama, um dos redutos da oposição no país
Os Comitês de Coordenação Local na Síria revisaram neste domingo a estimativa de mortos pela repressão do regime do ditador Bashar Assad. De acordo com os grupos, o número de vítimas chegou a 5.862 pessoas desde março, quando começaram as manifestações pedindo a saída de Assad do poder.
Entenda o caso
- • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
- • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança do ditador, que já mataram mais de 5.000 pessoas no país, de acordo com a ONU, que vai investigar denúncias de crimes contra a humanidade no país.
- • Tentando escapar dos confrontos, milhares de sírios cruzaram a fronteira e foram buscar refúgio na vizinha Turquia.
Leia mais no Tema ‘Revoltas no Mundo Islâmico’
Entre os mortos, encontram-se 395 menores de idade e 146 mulheres. Os grupos afirmaram ainda que 287 pessoas perderam a vida após terem sido torturadas pelas forças de segurança sírias. O número revelado pelas entidades é similar aos comunicados divulgados pela Organização das Nações Unidas. De acordo com a com a ONU, o número de vítimas subiu para 5.000 no início do mês de dezembro.
Segundo os Comitês, o ano de 2012 também começou violento: duas pessoas morreram em Hama, um dos redutos da oposição no país. As organizações denunciaram que existem franco-atiradores nos edifícios da cidade, onde se escutam tiros em muitos lugares.
A repressão na Síria continua mesmo após a chegada dos observadores da Liga Árabe, que desembarcaram no país para verificar se o governo retirou as tropas do exército das ruas, conforme acordo de paz assinado com a organização.
(Com agência EFE)