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Síria envia reforços a Homs e mantém alerta em Damasco

A 'capital da revolução' ainda é alvo de bombardeios pelo 16º dia consecutivo

Por Da Redação
20 fev 2012, 10h26

O regime sírio reforçou suas tropas na cidade rebelde de Homs (centro), onde a situação humanitária se torna insuportável, e mantém as forças em estado de alerta em Damasco, a capital, palco de manifestações inéditas nos últimos dias. Na “capital da revolução”, que continua sendo alvo de bombardeios pelo 16º dia consecutivo e para onde chegaram reforços de tropas no domingo, os militantes pediram que seja permitida a evacuação das mulheres e das crianças de Baba Amr, o bairro mais atingido pelos ataques.

Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
  2. • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança do ditador, que já mataram mais de 5.400 pessoas no país, de acordo com a ONU, que vai investigar denúncias de crimes contra a humanidade no país.

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“Pedimos que nos permitam retirar as mulheres e as crianças de Baba Amr”, declarou Hadi Abdullah, membro da Comissão Geral da Revolução Síria. “Os habitantes vivem no frio e em condições insuportáveis, esperam a morte”, acrescentou, quando desde 4 de fevereiro vários bairros de Homs estão sitiados e são bombardeados permanentemente pelas forças do regime para esmagar a revolta.

No domingo, Abdullah havia afirmado que “novos reforços militares foram enviados à cidade”, temendo que fossem utilizados para lançar um ataque contra Baba Amr ou atacar outros bairros rebeldes de Homs. “Desde o início da ofensiva, há a possibilidade de um ataque, mas não se sabe quando ele irá ocorrer”, disse.

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Protestos – Em Damasco, que nos últimos dias foi palco de manifestações sem precedentes, os serviços de segurança permaneciam em estado de alerta. “Depois da surpresa das manifestações, o regime revisa seus cálculos em nível da segurança”, considerou Abdel Rahman, acrescentando: “O regime não permitirá que Damasco se rebele contra ele”.

No sábado, as forças de segurança dispararam contra os “15.000 a 20.000” participantes nos funerais de quatro manifestantes mortos na sexta-feira no bairro de Mazé, os primeiros mortos no centro da capital. A apenas um quilômetro do palácio presidencial, no bairro de Mazé há vários edifícios governamentais, de segurança e embaixadas.

Devido à mobilização de forças de segurança na capital, a mobilização diminuiu no domingo, com alguns protestos de estudantes do ensino médio e o fechamento de lojas nos bairros tradicionalmente contrários ao regime. Nesta segunda-feira, jovens içaram a “bandeira da independência” da Síria na ponte al-Jawzeh, na entrada sul da capital, segundo um vídeo divulgado por militantes.

Diplomacia – Diante da crise que se agrava, a comunidade internacional dividida em relação à Síria não parece disposta a intervir para além das condenações. O general Martin Dempsey, o oficial de maior hierarquia do exército americano, considerou no domingo na CNN que uma intervenção na Síria seria “muito difícil” e que seria “prematuro” armar o movimento de oposição.

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No dia 12 de fevereiro, a Liga Árabe havia decidido dar um apoio político e material à oposição e pedir ao Conselho de Segurança a formação de uma força conjunta ONU-árabes, mas até o momento estas ideias receberam apenas o apoio verbal das potências ocidentais. A China, que com a Rússia bloqueou em duas ocasiões resoluções da ONU condenando a repressão na Síria, advertiu nesta segunda-feira que um apoio ocidental aos insurgentes pode desencadear uma guerra civil.

No campo diplomático, o Egito convocou seu embaixador na Síria, uma decisão criticada pelos manifestantes, segundo os quais teria sido melhor se tivesse bloqueado os navios iranianos que entraram no Mediterrâneo depois de passarem pelo Canal de Suez.

(Com agência France-Presse)

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