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Síria: 30.000 pessoas protestam em Homs contra o regime

Manifestação acontece no dia em que a cidade é visitada por missão de observadores enviada pela Liga Árabe

Por Da Redação
27 dez 2011, 10h10

Cerca de 30.000 pessoas participaram nesta terça-feira de uma manifestação contra o regime sírio em Jalidiya, um dos bairros de rebeldes da cidade de Homs, no momento em que os observadores da Liga Árabe chegam à cidade síria, informou o opositor Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Além disso, 70.000 sírios foram dispersados com uso de gás lacrimogêneo pelas forças de segurança quando tentavam chegar à cidade de Homs para se unir ao protesto.

Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
  2. • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança do ditador, que já mataram mais de 5.000 pessoas no país, de acordo com a ONU, que vai investigar denúncias de crimes contra a humanidade no país.
  3. • Tentando escapar dos confrontos, milhares de sírios cruzaram a fronteira e foram buscar refúgio na vizinha Turquia.

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A manifestação foi organizada por militantes para denunciar os crimes do regime de Bashar Assad contra a população, de maneira paralela à visita de uma delegação de observadores enviados pela Liga Árabe a Homs, informou a ONG com sede em Londres.

Muitos manifestantes seguem para o local do protesto procedentes dos bairros de Hamra e Al-Qusur. Outra manifestação importante foi organizada depois das orações do meio-dia no bairro rebelde de Bab Dreib, assim como no bairro de Jab al-Jandali. Segundo os Comitês de Coordenação Local, sete pessoas morreram em Homs, enquanto em todo o país o número subiu para 25 óbitos.

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“A delegação de observadores entrou no bairro de Baba Amro acompanhada por pessoas do governo, mas não se reuniu com moradores do bairro”, afirmou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman. “No bairro de Kafar Aya, perto de Baba Amro, os agentes de segurança abriram fogo contra os habitantes que participavam de funerais.”

O porta-voz dos Comitês, Emad Hossary, manifestou seu descontentamento pela atuação dos observadores e ressaltou que eles se negaram a entrar nos bairros mais afetados, como pediram os habitantes, devido ao fato de que as autoridades dissuadiram de fazê-lo pelos riscos que isso representava para sua segurança. “Se é para trabalhar dessa forma, a Liga Árabe emitirá relatórios favoráveis ao regime; se não se sentem capazes de proteger os civis, pedimos que encaminhem a questão ao Conselho de Segurança das Nações Unidas”, apontou Hossary.

Um vídeo divulgado pelo Observatório sírio de Direitos Humanos mostra moradores de Homs pedindo aos observadores que visitem bairros como Al-Khalediya e explicando que as vítimas estão desarmadas frente aos disparos dos franco-atiradores.

(Com agências EFE e France-Presse)

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