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Sindicatos e argentinos no Rio e SP aderem à greve contra agenda de Milei

Protestos contra agenda ultraliberal do governo vizinho também ocorreram em Porto Alegre e Brasília

Por Paula Freitas Atualizado em 24 jan 2024, 18h42 - Publicado em 24 jan 2024, 18h03

No Rio de Janeiro, dezenas de pessoas aderiram à greve geral desta quarta-feira, 24, convocada pela Confederação Geral do Trabalho (CGT) da Argentina. A paralisação com protesto teve início às 14h, em frente ao prédio que abriga o Consulado da Argentina no Rio de Janeiro, no bairro de Botafogo. Manifestações contra a agenda ultraliberal do governo de Javier Milei também ocorreram em frente aos consulados argentinos em São Paulo e Porto Alegre, além da embaixada em Brasília.

“Se os trabalhadores da Argentina conseguem derrotar um plano ultraliberal como o em curso, é um exemplo para os trabalhadores de outros lugares do mundo para como enfrentar ajustes que favorecem os empresários em detrimento do povo e para nós, aqui no Brasil, um exemplo de como enfrentar a extrema-direita”, disse o petroleiro Leandro Lanfredi, do Movimento Revolucionário dos Trabalhadores (MRT).

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Leandro Lanfredi e Melina Adiliberti (Paula Freitas/VEJA)

“O processo democrático argentino passa, hoje, pelo mesmo processo enfrentado pelos brasileiros. É um pacote antidemocrático, que retira os direitos dos trabalhadores e da população argentina. Esta greve é importante para marcar uma posição clara dos argentinos contra o pacote do Milei”, acrescentou o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações, Luis Antonio Silva. 

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Argentinos no Brasil

Um levantamento do Observatório de Migrações Internacionais, divulgado em 2023, indicou que mais de 50 mil argentinos escolheram o Brasil como seu lar. Eles também ocupam um importante papel no turismo: entre janeiro e abril do ano passado, cerca 1,18 milhão de hermanos visitaram as terras brasileiras. 

Embora a relação entre Milei e Lula não seja uma das melhores – durante a corrida presidencial, o líder da Casa Rosada chamou o petista de “ladrão” e “comunista” –, a demonstração de solidariedade dos cariocas foi bem recebida por argentinos. Ariadna Rales, de 28, está de passagem pelo Brasil e aproveitou a estadia para participar do ato.

“O governo de extrema-direita de Javier Milei está querendo aplicar um plano de choque, de muitíssimos ataques para o povo trabalhador da Argentina, e a extrema-direita mundial está vendo isso, se Milei consegue passar esses ajustes que querem acabar com 150 anos de conquistas do povo trabalhador argentino”, disse a profissional de saúde, associada ao Partido dos Trabalhadores Socialistas (PTS).

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“Essas manifestações e a greve geral de hoje são muito importantes para barrar esses ataques e armar um plano de luta com outros protestos e paralisações até que caiam o DNU, a lei Omnibus e qualquer ataque ao povo trabalhador, às mulheres e à juventude”, concluiu.

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Ariadna Rales (Paula Freitas/VEJA)

‘Megadecreto’ e ‘lei Omnibus’

A greve desta quarta-feira se opõe ao Decreto Nacional de Urgência (DNU), de 366 artigos, e à lei Omnibus, de 523 – no início, eram 664 artigos, mas 141 deles foram excluídos por Milei, após pressão. O primeiro já está em vigor, mas teve a parte de reforma trabalhista bloqueada pela Justiça.

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“A importância da adesão brasileira está na visibilidade [à realidade] argentina, para que seja possível mais pessoas conhecerem as implicações e os efeitos das medidas que o governo [Milei] está tomando. E manifestar a oposição contra a DNU e a lei Omnibus, que arrasam os direitos da população”, opina a psicóloga argentina Melina Adiliberti, de 34 anos, que está no Brasil há quatros meses por uma oportunidade temporária.

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