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Sérvia recebe até 3 mil refugiados por dia e pede ajuda para lidar com a crise

O país balcânico é rota de refugiados sírios e afegãos que fogem de zonas de conflitos e da miséria tentando chegar em países europeus ricos

Por Da Redação
24 ago 2015, 10h28

Pelo menos 2.000 migrantes chegaram na madrugada desta segunda-feira à Sérvia, em uma nova etapa de seu périplo rumo à Europa ocidental, depois que mais de 7.000 entradas foram registradas no país dos Bálcãs durante o fim de semana. O número foi confirmado pelo próprio governo sérvio, que também estimou entre 2.000 e 3.000 o número de refugiados que entrarão diariamente no país dentro das próximas seis ou oito semanas. “Apesar de ser um número que nós podemos enfrentar, a Sérvia não pode lidar com todo esse peso sozinha”, disse o comissário para refugiados e migrações da Sérvia, Vladimir Cucicao. Ele adiantou que, diante a situação, o governo em Belgrado pedirá doações à União Europeia (UE) e a Agência das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), assim como a Estados Unidos, Alemanha e Rússia.

De acordo com Cucic, aproximadamente, 90.000 imigrantes passaram pela Sérvia desde o começo do ano. O fluxo aumentou há dois meses, em especial nos últimos dias, tendo como exemplo a noite do último sábado, quando mais de 7.000 refugiados entraram na Sérvia vindos da Macedônia. De acordo com a porta-voz do Acnur Mirjana Milenkovic, a maioria desses imigrantes passa pela Sérvia somente para chegar à Hungria e de lá ao destino final, que costuma ser Alemanha e Suécia. Segundo o governo, 57% desses refugiados são da Síria, 23% pertencem ao Afeganistão, 8% saíram do Iraque, e uma pequena quantidade veio da Eritreia e da Somália.

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Mediterrâneo – Na rota mais crítica da imigração ilegal para a Europa, via o Mar Mediterrâneo, a situação segue delicada. Os 4.700 imigrantes resgatados no Mediterrâneo entre sábado e domingo começaram a chegar nesta segunda à Itália, onde receberão atendimento médico e serão levados a um abrigo temporário. Mais de 1.700 já desembarcaram em diferentes portos do país. Palermo e Cagliari, na ilha de Sardenha, receberam o maior número de resgatados, absorvendo 963 pessoas, entre elas, 130 menores.

A delegada do governo de Palermo, Francesca Cannizo, denunciou que as estruturas de amparo da ilha estão sobrecarregadas e que ainda não encontraram um lugar para receber os menores, mas garantiu que esta noite “terão uma cama para dormir”. “Desde que soubemos que chegariam mais de 100 menores não acompanhados, não paramos nem um minuto para encontrar um alojamento. Estamos contatando todas as estruturas, tanto na província de Palermo como na Sicília e no resto da Itália”, acrescentou Francesca.

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Alemanha – A chanceler alemã, Angela Merkel, e seu governo se manifestaram contra os protestos violentos do fim de semana contra as pessoas que buscam asilo na cidade de Heidenau, no oeste do país. “A chanceler e todo seu governo condenam da forma mais forte possível a violência e a agressiva atmosfera em relação aos estrangeiros”, disse o porta-voz do governo Steffen Seibert. “É repulsivo como os extremistas de extrema-direita e os neonazistas tentaram disseminar a sua mensagem idiota de ódio contra um abrigo humanitário para pessoas que buscam asilo e proteção”, disse. Ao menos 31 policiais alemães ficaram feridos em confrontos com cerca de 600 manifestantes nas primeiras horas de sábado. Furiosos com a chegada de pessoas que buscam asilo na Alemanha, os radicais arremessaram garrafas e pedras em seus ataques.

(Da redação)

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