Separatistas vão ‘permitir’ observadores no local da queda
Inspetores e equipes de emergência farão trabalho de recuperação dos corpos e investigação. Incerteza sobre a caixa-preta pode comprometer a apuração
Por Da Redação
18 jul 2014, 08h05
Observadores internacionais da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) informaram nesta sexta-feira que os rebeldes separatistas que controlam o leste da Ucrânia vão “permitir” a presença do grupo no local da queda do voo MH-17, abatido nesta quinta quando sobrevoava a região. O desastre matou todas as 298 pessoas a bordo.
Em uma negociação por videoconferência, os rebeldes pró-russos de Donetsk se comprometeram a garantir a segurança dos observadores internacionais e das equipes que realizarão a recuperação dos corpos e as investigações sobre a causa da tragédia. Autoridades de Kiev também participaram das conversas.
Caixa-preta – A investigação, no entanto, pode estar comprometida antes mesmo do seu início. De acordo com a agência russa Interfax, a primeira a reportar a queda do avião, separatistas do leste ucraniano já teriam encontrado a caixa-preta com os registros das conversas dos pilotos e estariam dispostos a entregá-la para as autoridades de Moscou. Especialistas temem que, em controle das principais informações sobre o desastre, a Rússia possa dificultar a apuração para proteger os separatistas ucranianos – os principais suspeitos de terem abatido a aeronave.
A aeronave da companhia Malaysia Airlines fazia a rota Amsterdã-Kuala Lumpur e caiu em Torez, perto de Shakhtersk, cerca de 50 quilômetros a leste de Donetsk, perto da fronteira entre Donetsk e Lugansk, áreas autodeclaradas independentes pelos separatistas. O governo ucraniano acusa separatistas pró-Moscou de serem terem abatido o avião e também acusa a Rússia de envolvimento no caso. Os russos negam, assim como os separatistas.
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Vítimas – A companhia aérea informou que a maioria das pessoas a bordo era holandesa: 154. Havia ainda 43 malaios, incluindo todos os tripulantes e duas crianças, 27 australianos, doze indonésios – também incluindo uma criança -, nove britânicos, quatro alemães, quatro belgas, três filipinos e um canadense.
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