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Senador John McCain rejeita indicada de Trump para dirigir a CIA

Para o ex-candidato à Casa Branca, Gina Haspel é desqualificada por ter comandado programa de tortura no exterior e por não reconhecer essa imoralidade

Por Da Redação
10 Maio 2018, 12h41

O senador e ex-candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, John McCain, pediu nesta quarta-feira (9) aos seus colegas congressistas que rejeitem a nomeação de Gina Haspel, indicada pelo presidente Donald Trump para a direção da CIA, devido ao papel que ela desempenhou no passado em interrogatórios com tortura para extrair informações de prisioneiros no exterior.

McCain, presidente do Comitê de Serviços Armados do Senado, foi torturado quando era prisioneiro no Vietnã do Norte. O senador sofre de um câncer de cérebro e dificilmente poderá votar sobre a indicação de Haspel. Muito respeitado entre os políticos americanos, suas opiniões têm um peso significativo. Ele chegou a disputar as eleições presidenciais pelo Partido Republicano em 2008, mas perdeu para o democrata Barack Obama.

“O papel da senhora Haspel no exterior sobre a tortura aplicada por americanos é alarmante. Sua rejeição em reconhecer a imoralidade da tortura a desqualifica. Acredito que o Senado deva exercer sua obrigação e rejeitar esta nomeação”, disse McCain.

Haspel compareceu nesta quarta-feira a uma audiência no Senado, na qual se comprometeu a não retomar, “sob nenhuma circunstância”, o programa de torturas que a agência de inteligência dos Estados Unidos iniciou após os atentados de 11 de setembro de 2001. No entanto, McCain considerou que ela “não abordou as preocupações” derivadas de seu envolvimento com esse programa de tortura.

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A indicada de Trump começou a trabalhar na CIA em 1985 e dirige a agência de maneira interina desde a nomeação de Mike Pompeo, que comandou a organização durante 15 meses, como secretário de Estado. Enquanto ele ainda estava liderando a organização, ela ocupava o posto de “segunda em comando”.

Entre 2001 e 2004, Haspel foi subdiretora do Centro Antiterrorismo, que liderava o chamado programa de “interrogatório reforçado”.

Durante parte desse período, supervisionou uma prisão secreta da CIA em Bangkok, onde  Abu Zubaydah e Abd al-Rahim al-Nashiri, ambos suspeitos de integrar a Al-Qaeda, foram submetidos a afogamentos durante longos interrogatórios.

Haspel enfrenta agora um difícil processo de confirmação no Senado, já que os republicanos têm uma estreita maioria de 51 cadeiras, contra 49 democratas, e alguns dos seus senadores votarão contra ela, justamente por seu papel nos interrogatórios.

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Além de McCain, Rand Paul também anunciou sua recusa a confirmar Haspel, razão pela qual necessitará do apoio de algum democrata.

McCain foi ferido e capturado em ação no Vietnã quando era piloto da Marinha, em 1967, e permaneceu detido até 1973.

(Com AFP e EFE)

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