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Senado dos EUA pressiona filho de Trump a testemunhar sobre Rússia

A citação judicial é a primeira que o Congresso dos EUA emite contra um filho do presidente americano

Por Da Redação Atualizado em 9 Maio 2019, 11h23 - Publicado em 9 Maio 2019, 01h16

O Comitê de Inteligência do Senado dos Estados Unidos emitiu uma citação judicial para pressionar que Donald Trump Jr., filho mais velho do presidente americano, testemunhe sobre seus contatos com russos, em meio a suspeitas de que poderia ter mentido aos legisladores sobre esse assunto, segundo informaram nesta quarta-feira vários meios de comunicação.

A citação judicial é a primeira que o Congresso dos EUA emite contra um filho do presidente americano, e confirma que o órgão legislativo mantém aberta sua investigação sobre a suposta ingerência russa nas eleições de 2016, um mês e meio depois que o promotor especial Robert Mueller concluiu sua própria averiguação.

O comitê, de maioria republicana, quer que Donald Trump Jr. volte a testemunhar diante deles, a portas fechadas, sobre as circunstâncias que rodearam o encontro que teve com a advogada russa Natalia Veselnitskaya em 9 de junho de 2016 na Trump Tower de Nova York.

A oposição democrata acredita que, nas suas conversas anteriores com o Congresso, o filho do presidente pode ter mentido aos legisladores sobre se informou ou não a Trump que compareceria a essa reunião, de acordo com o jornal “The Washington Post”.

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O encontro na Trump Tower – do qual também participaram o genro do agora presidente, Jared Kushner, e seu então chefe de campanha, Paul Manafort – foi o foco de parte da investigação de Mueller, mas o promotor concluiu que não havia provas de que a campanha republicana tivesse colaborado com a Rússia na sua suposta ingerência eleitoral.

No entanto, o relatório de Mueller indica que Michael Cohen, que durante a campanha de 2016 era o advogado pessoal de Trump, assegura que esteve em uma reunião na qual Donald Jr. disse ao seu pai que pretendia ir a um encontro “para obter informação desfavorável sobre (Hillary) Clinton”, a então candidata democrata.

“Pelo tom da conversa, Cohen pensou que Trump Jr. já tinha conversado antes sobre o encontro com seu pai”, afirma a versão liberada do relatório de Mueller.

Esse testemunho de Cohen intrigou o comitê liderado pelo senador republicano Richard Burr, porque entra em contradição com o testemunho que Donald Jr. lhes deu em 2017, de acordo com o “Post” e “The New York Times”.

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Burr está há várias semanas tentando programar uma sessão a portas fechadas com o filho mais velho de Trump, que agora se encarrega junto com seu irmão Eric de dirigir o conglomerado empresarial da Trump Organization em Nova York.

Finalmente, o senador republicano decidiu convocar judicialmente Donald Jr., que está “exasperado” por essa medida porque já tinha se oferecido “para continuar cooperando por escrito” com o comitê, segundo indicou ao “Post” uma fonte próxima ao filho de Trump.

O Comitê de Inteligência do Senado está pedindo a várias testemunhas que voltem a falar diante dos legisladores à medida que avança na sua investigação e em março, por exemplo, voltou a interrogar Kushner.

(Com EFE)

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