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Sem consenso, COP25 alcança acordo mínimo e propõe metas para emissões

Texto está longe de responder firmemente à urgência climática, conforme reivindicado pela ciência e pela sociedade civil

Por Agência Brasil Atualizado em 15 dez 2019, 10h40 - Publicado em 15 dez 2019, 10h37

A Cúpula do Clima da Organização das Nações Unidas (ONU) já tem documento final acerca da ambição climática em 2020 e do cumprimento do Acordo de Paris, que limita os países para impedir a subida da temperatura média do planeta este século acima de 1,5 graus. O acordo, intitulado “Chile-Madrid, hora de agir”, foi alcançado neste domingo, 15, quase dois dias após o dia marcado para encerrar a 25ª Conferência das Partes (COP25) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas.

O documento foi aprovado pela presidente da COP25, a chilena Carolina Schmidt, após um tenso debate com o Brasil que, inicialmente, não aceitou dois parágrafos incluídos no acordo sobre oceanos e uso da terra e está longe de responder firmemente à urgência climática, conforme reivindicado pela ciência e pela sociedade civil.

O acordo final da COP25 estabelece que os países terão de apresentar em 2020 compromissos mais ambiciosos para reduzir as emissões (as chamadas Contribuições Nacionais Determinadas) para enfrentar a emergência climática.

Segundo o acordo, o conhecimento científico será “o eixo principal” que deve orientar as decisões climáticas dos países para aumentar a sua ambição, que deve ser constantemente atualizada de acordo com os avanços da ciência. O texto inclui “a imposição” de que a transição para um mundo sem emissões tem de ser justa e promover a criação de emprego.

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O acordo também reconhece a ação climática de atores não-governamentais, a quem convida a aumentar e generalizar estratégias compatíveis com o clima.

As várias delegações, de 200 países, não conseguiram chegar, na sexta-feira (13), a acordo sobre como impulsionar as metas do Acordo de Paris. As organizações ambientalistas acusaram a presidência chilena de estar cedendo aos interesses dos países poluidores, como os Estados Unidos e o Brasil.

Após duas semanas de negociações, a conferência da ONU concordou em pedir aos países que aumentem suas metas para reduzir as emissões de gases de efeito estufa no próximo ano, o que é essencial para tentar conter o aquecimento a menos de +2°C, mas não emitiu nenhum sinal forte de que intensificará e acelerará a ação climática.

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“Parece que a COP25 está desmoronando. A ciência é clara, mas a ciência é ignorada”, tuitou durante a noite a jovem ativista climática Greta Thunberg, que inspirou milhões de jovens a exigir medidas radicais e imediatas para limitar o aquecimento global.

“Aconteça o que acontecer, não vamos desistir. Estamos apenas começando”, acrescentou a adolescente sueca, estrela desta conferência climática da ONU.

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Com AFP

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