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Seis mil sírios fogem da guerra todos os dias, diz ONU

Fluxo de refugiados é o maior desde genocídio em Ruanda, há 20 anos

Por Da Redação
17 jul 2013, 01h30
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  • A guerra civil na Síria fez subir para uma média de 6 000 o número de pessoas que foge diariamente do país neste ano, em um ritmo que não era visto desde o genocídio de Ruanda há quase duas décadas, afirmou nesta terça-feira o alto comissário da Organização das Nações Unidas para Refugiados, António Guterres.

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    1. • Durante a onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março de 2011 para protestar contra o governo do ditador Bashar Assad.
    2. • Desde então, os rebeldes enfrentam forte repressão pelas forças de segurança. O conflito já deixou dezenas de milhares de mortos no país, de acordo com levantamentos feitos pela ONU.
    3. • Em junho de 2012, o chefe das forças de paz das Nações Unidas, Herve Ladsous, afirmou pela primeira vez que o conflito na Síria já configurava uma guerra civil.
    4. • Dois meses depois, Kofi Annan, mediador internacional para a Síria, renunciou à missão por não ter obtido sucesso no cargo. Ele foi sucedido por Lakhdar Brahimi, que também não tem conseguido avanços.

    Segundo ele, dois terços dos quase 1,8 milhão de refugiados registrados pela ONU no Líbano, Turquia, Jordânia, Iraque, Egito e outros países deixaram a Síria em 2013. “Não vemos uma escalada no fluxo de refugiados num ritmo tão assustador desde o genocídio de Ruanda, há quase 20 anos”, disse Guterres em depoimento público ao Conselho de Segurança da ONU. Após o genocídio de Ruanda, que vitimou 800 000 pessoas das etnias tutsi e hutu, milhares de pessoas fugiram do país africano.

    O secretário-geral-assistente da ONU para Direitos Humanos, Ivan Simonovic, disse ao Conselho de Segurança que entre março de 2011 e o fim de abril de 2013 pelo menos 92 901 pessoas foram mortas na Síria, sendo mais de 6 500 crianças.

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    Destruição – O embaixador sírio nas Nações Unidas, Bashar Jaafari, disse que seu governo estava fazendo “todo o possível para assumir a sua responsabilidade e seu dever para com o povo a fim de atender as necessidades humanitárias e as necessidades básicas dos seus cidadãos”.

    A afirmação, no entanto, acabou sendo contestada pela coordenadora humanitária da ONU, Valerie Amos. Após declarar que o mundo está “assistindo não só à destruição de uma nação, mas também do seu povo”, ela afirmou que 6,8 milhões de sírios precisam de assistência humanitária urgente, incluindo mais de 4,2 milhões de refugiados internos, e quase metade dos necessitados é composta por crianças e adolescentes.

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    “As consequências de segurança, econômicas, políticas, sociais, de desenvolvimento e humanitárias dessa crise são extremamente graves e seu impacto humano é imensurável em termos do trauma de longo prazo e do impacto emocional sobre esta e futuras gerações de sírios”, disse Amos ao Conselho de Segurança. A última avaliação do Programa Mundial de Alimentos era de que quatro milhões de pessoas não conseguiam mais atender às suas necessidades alimentares básicas.

    Refugiados – O Líbano é o país que mais recebe refugiados sírios, com cerca de 600 000 até agora. O embaixador libanês na ONU, Nawaf Salam, disse que seu país continuará com as fronteiras abertas, apesar das ameaças que a guerra civil acarretam para a estabilidade interna libanesa – a milícia xiita Hezbollah, que controla politicamente parte do país, apoia o ditador sírio Bashar Assad contra os rebeldes, inclusive fornecendo armas e combatentes.

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    Até agora, um impasse entre a Rússia, aliada de Assad, e as potências ocidentais que apoiam a oposição impediu que o Conselho de Segurança aprove qualquer sanção que autorize a interferência militar direta para tentar acabar com o conflito que já ruda mais de dois anos.

    (Com agência Reuters)

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