Paris, 6 fev (EFE).- A socialista francesa Ségolène Royal afirmou nesta segunda-feira que apesar do duro golpe que sofreu com a derrota nas primárias de seu partido para obter a candidatura à presidência da França, apoiará o vencedor das mesmas, François Hollande, ‘com lealdade e entusiasmo’.
‘Assumi que não serei candidata às presidenciais. É certo que a derrota foi pública, e particularmente violenta. Eu tinha me preparado durante cinco anos. E foi um golpe’, indica em entrevista concedida ao jornal ‘Le Monde’.
Ségolène, ex-mulher de Hollande e mãe de seus filhos, reconheceu que o Partido Socialista se deu conta de ‘até que ponto a unidade é poderosa’, e afirmou que defenderá o candidato ‘com lealdade e entusiasmo’.
Na terça-feira, Ségolène participará de seu primeiro comício na cidade de Marselha, entrando de maneira efetiva em uma campanha na qual diz que vai oferecer sua experiência como ex-candidata e o vínculo que tem com as classes populares.
‘A França deve juntar todas as suas forças’, indicou a atual presidente da região Poitou-Charentes, para quem os socialistas devem ficar atentos porque o chefe do Estado francês, o conservador Nicolas Sarkozy, ‘vai entrar em campanha’, embora ainda não tenha anunciado formalmente sua candidatura à reeleição.
‘Não sabemos o que vai acontecer. Muitas coisas podem ocorrer também na política interna e internacional e determinar o curso da campanha. Ainda falta muito, 80 dias’, avaliou na entrevista ao ‘Le Monde’.
Por essa razão, e apesar das últimas pesquisas apontarem Hollande como favorito, Ségolène não confirmou seu suposto interesse em presidir a Assembleia Nacional no caso de os socialistas saírem vitoriosos das eleições.
‘Estamos em campanha. Primeiro devemos ganhar a confiança dos franceses e nos colocar depois a seu serviço’, concluiu a política, que ficou em quarto lugar nas primárias de seu partido. EFE