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Sede da Cúpula do Clima, Glasgow tem futuro ameaçado por eventos extremos

Segundo a Agência de Proteção Ambiental da Escócia, 170.000 moradores já vivem em áreas alagáveis

Por Ernesto Neves Atualizado em 3 nov 2021, 15h47 - Publicado em 1 nov 2021, 09h01

Sede da COP26, a Conferência do Clima da ONU, Glasgow, na Escócia, é também uma cidade cada vez mais ameaçada pelos extremos da natureza.

Cortada pelo rio Clyde, o terceiro maior do território escocês, a metrópole tem hoje 170.000 pessoas vivendo em áreas sujeitas à inundação, de acordo com relatório publicado pela Agência de Proteção Ambiental da Escócia,

E o contingente deverá ser 30% maior até 2080, quando prevê-se que as tempestades de inverno se tornarão mais intensas e frequentes devido ao aquecimento global.

O órgão estima ainda as inundações causarão prejuízos anuais de 100 milhões de libras – cerca de 770 milhões de reais – à população da cidade em meados do século.

Policiais patrulham o rio Clyde, em Glasgow, nesta segunda-feira (1º)
Policiais patrulham o rio Clyde, em Glasgow, nesta segunda-feira (1º) (Getty/Getty Images)

Os efeitos das mudanças climáticas já são, por sinal, bastante visíveis na Escócia.

Nas últimas três décadas, o país viu suas típicas tempestades de inverno se multiplicarem em número e intensidade.

Em 2020, por exemplo, Glasgow recebeu 125% mais chuvas do que sua média anual. Num dos aguaceiros que desabou sobre a cidade, em agosto, as ruas chegaram a ser inundadas por até 1 metro de água.

As chuvas são alimentadas pelo calor crescente nessa região, tida antes como de clima sempre ameno. Segundo climatologistas, desde 1990 a temperatura média anual na costa do Mar no Norte aumentou 0,24ºC por década.

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Como resultado, há menos dias com precipitação de neve e a ocorrência de geadas, um indicativo de que os invernos do Reino Unido também estão mais quentes.

Para tentar conter os danos crescentes provocados por enchentes, Glasgow já trabalha num plano de adaptação à essa nova era pontilhada por extremos.

Entre as iniciativas já postas em prática estão a abertura de novas áreas verdes, que servirão para armazenar a água das chuvas em dias de precipitação excessiva.

Também já está sendo feita a substituição de bueiros vedados por versões gradeadas, que facilitam o escoamento das águas pluviais.

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Glasgow inundada por chuvas torrenciais em novembro de 2020
Glasgow inundada por chuvas torrenciais em novembro de 2020 (Getty/Getty Images)
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