Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Secretário-geral da OEA invoca cláusula democrática por crise na Venezuela

Em resposta, Nicolás Maduro convocou uma "rebelião nacional" contra a aplicação da Carta Democrática

Por Da Redação
31 Maio 2016, 20h05
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, pediu nesta terça-feira que seja convocada uma sessão urgente para votar a aplicação da Carta Democrática da entidade sobre a Venezuela, em meio à aguda crise vivida pelo país.

    Publicidade

    Almagro pediu uma reunião extraordinária do Conselho Permanente da OEA, com sede em Washington, entre os dias 10 e 20 de junho, para determinar se a Venezuela sofreu uma alteração da ordem constitucional que afete a democracia.

    Publicidade

    “Na Venezuela, perdeu-se a finalidade política”, escreveu Almagro ao Conselho Permanente. “Esqueceu-se de se defender o bem maior e coletivo no longo prazo sobre o bem individual e o curto prazo… o político imoral é aquele que perde essa visão, porque a única que lhe interessa é se manter no poder.”

    Leia também:

    Publicidade

    Relatos em primeira pessoa da repressão venezuelana

    Governo Maduro descarta referendo durante estado de exceção

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Caso dois terços dos 34 países que compõem a OEA votarem a favor da ativação da Carta Democrática na sessão que analisará a grave crise vivida pelo país sul-americano, a Venezuela ficará suspensa da entidade.

    O governo do presidente venezuelano Nicolás Maduro, no entanto, teria ao seu lado grande parte dos países do Caribe e da América Central, que recebe o apoio da Venezuela por meio da venda de petróleo em condições preferenciais sob o convênio Petrocaribe, além do apoio de aliados de Maduro, como o Equador e a Bolívia.

    Publicidade

    Resposta – Maduro convocou uma “rebelião nacional” contra a aplicação da Carta Democrática. “Senhor Almagro, enfie sua Carta Democrática onde bem entender. A Venezuela deve ser respeitada, e nenhuma carta vai ser aplicada à Venezuela. Convoco a rebelião nacional frente às ameaças internacionais”, disse.

    O presidente venezuelano anunciou que irá à Justiça contra a Presidência do Parlamento por “usurpação de funções” e por “traição à Pátria”, depois que a oposição, que tem maioria no Congresso, conseguiu levar a OEA a tratar da crise no país. “Uma ação com mandado de segurança imediato, porque pretendem ir pedir a intervenção da Venezuela em organismos internacionais, traindo a Pátria e sem ter poderes constitucionais para representar a República”.

    Publicidade

    Leia mais:

    Mujica diagnostica Maduro: ‘Está louco como uma cabra’

    Maduro responde a Mujica: ‘Se estou louco é de amor pela Venezuela’

    Maduro invocou “um julgamento histórico que seja transmitido a toda a Nação” contra a diretoria parlamentar, presidida pelo antichavista Henry Ramos Allup, que pediu “direito de palavra” ao Conselho Permanente da OEA para abordar a situação da Venezuela. Nesta terça, Ramos Allup manifestou uma satisfação cautelosa com a decisão de Almagro, ao destacar que os Estados-membros do organismo costumam agir com prudência. Allup advertiu, porém, que a OEA não pode “fazer vista grossa” para a crise política, econômica e institucional que o país vive.

    Perante o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), a oposição reivindica a ativação de um referendo revogatório do mandato de Maduro, mas assegura que o poder eleitoral está a serviço do governo e está atrasando o processo.

    (Com agências Reuters e France-Presse)

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.