A França está enfrentando uma seca histórica que deixou mais de 100 municípios com falta de água potável.
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O governo está enviando caminhões-pipa para levar água para algumas regiões, pois “não há mais nada nos canos”, disse à emissora britânica BBC o ministro da Transição Ecológica, Christophe Béchu.
Em julho, o país registrou apenas 9,7 mm de chuva, o mês mais seco desde março de 1961, segundo o Serviço Nacional de Meteorologia. Especialistas estimam que as condições irão se prolongar pelas próximas duas semanas.
A onda de calor que assola o país está provocando temperaturas acima dos 42ºC em algumas regiões desde junho, e se espera um clima igualmente quente para agosto, com temperaturas de 4ºC a 10ºC acima da média.
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De acordo com a agência de notícias AFP, a crise climática forçou a empresa estadual de energia EDF a reduzir a produção em algumas usinas nucleares, pois as temperaturas do rio estão altas demais para fornecer resfriamento suficiente.
Há temores de que a seca afete o rendimento da atividade agrícola na França, exacerbando a crise alimentar causada pela guerra. O conflito reduziu as exportações da Ucrânia, um dos principais produtores de grãos do mundo.
Com a falta de água, a França proibiu a irrigação nas plantações do noroeste e sudeste do território. Segundo o Ministério da Agricultura, a colheita de milho, usada principalmente para ração animal, deve ser 18,5% menor este ano em comparação com 2021.
Os pecuaristas dos Alpes franceses estão tendo que descer pelos vales com caminhões todos os dias para coletar água para seus animais, o que eleva seus gastos com combustível e encarece os produtos, informou a emissora TF1.
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O canal de notícias francês BFMTV informou que o preço dos alimentos na Europa irão subir por conta das redução da produção e exportação de milho na França, Hungria, Romênia e Bulgária.