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Sarkozy critica acusação de ex-dirigente líbio de que Kadhafi financiou sua campanha em 2007

Por Fethi Belaid
3 Maio 2012, 15h11

O presidente francês Nicolas Sarkozy classificou de “infâmia” as acusações do ex-primeiro-ministro líbio Al-Baghdadi al-Mahmudi sobre o suposto financiamento que o regime de Muamar Kadhafi teria dado a sua campanha presidencial de 2007.

“Ontem, o Conselho Nacional de Transição, o governo líbio, indicou que era algo falso”, afirmou, insistindo que as acusações de Al-Mahmudi são uma infâmia. “É grotesco”, acrescentou.

O ex-primeiro-ministro líbio, preso na Tunísia, afirmou que o regime de Muamar Kadhafi financiou a campanha de 2007 de Sarkozy, segundo afirmaram seus advogados nesta quinta-feira em Túnis.

“Muamar Kadhafi, seu regime e os dirigentes que trabalhavam com ele financiaram a campanha eleitoral de Sarkozy em 2007”, declarou Me Beshir Essid, mencionando uma quantia de 50 milhões de euros.

Segundo este advogado, o ex-primeiro-ministro líbio afirmou que “o acordo foi fechado por Musa Kusa (ex-chefe dos serviços de informação exteriores) por instrução de Kadhafi e assegurou que existem documentos que provam a transação”.

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Outro advogado de Al Baghdadi al Mahmudi – que tem a extradição pedida por Trípoli – confirmou esta versão, indicando que, segundo seu cliente, o presidente francês está por trás de sua prisão em Túnis.

“Minha prisão em Túnis foi instigada pelo presidente francês para que não sejam revelados os detalhes sobre o financiamento de sua campanha em 2007”, afirmou à AFP o advogado Mabruk Kurchid, citando as palavras de seu cliente hospitalizado.

No final de abril, Sarkozy anunciou que iria apresentar uma ação judicial contra o portal Mediapart por ter publicado um documento, que ele chamou de “falso”, sobre o citado financiamento.

O Mediapart publicou um documento assinado por um ex-dirigente líbio que afirma que o regime de Muamar Kadhafi aceitou, em 2006, financiar com “50 milhões de euros” a campanha presidencial de Nicolas Sarkozy em 2007.

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No documento em árabe, Mussa Kusa, então diretor da inteligência externa da Líbia, registra um “acordo de princípio” para “apoiar a campanha eleitoral do candidato às eleições presidenciais, Nicolas Sarkozy, por um valor de 50 milhões de euros”.

Bashir Saleh, ex-presidente do Fundo Líbio de Investimentos Africanos, seria o destinatário da mensagem.

Os dois ex-funcionários do governo líbio afirmaram que o documento é falso.

O Conselho Nacional de Transição (CNT), no poder na Líbia desde a queda de Muamar Kadhafi, afirmou que a carta em questão parece ser uma falsificação.

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“Achamos que a carta é falsificada”, declarou à imprensa o chefe do CNT, Mustafá Abdel Jalil.

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