Em um vídeo de oito minutos postado na sua página do Facebook, a ex-governadora do Alasca e ex-candidata republicana à vice-presidência dos Estados Unidos Sarah Palin tentou se defender das acusações que vinculam sua retórica política ao tiroteio de sábado em Tucson, no Arizona, que deixou seis pessoas mortas e 14 feridas.
“Os atos de criminalidade monstruosa respondem por si só. Começam e terminam com os criminosos que os cometem”, afirmou a política. Durante a campanha para as eleições de novembro, o site de Sarah destacou os distritos considerados “alvos” para os esforços dos conservadores, que incluía o estado do Arizona.
Muitos analistas vincularam o ataque, supostamente realizado por um jovem identificado como Jared Lee Loughner, com esse tipo de discurso por parte de alguns dirigentes do Tea Party.
Em sua declaração audiovisual, Sarah declarou que “especialmente algumas horas após uma tragédia, os jornalistas e comentaristas não deveriam promover uma acusação que só serve para incitar o mesmo ódio e a mesma violência que supostamente condenam”.
A republicana declarou-se vítima de um “libelo de sangue”, expressão considerada antisemita. O discurso desagradou a comunidade judaica americana e, antes de servir para amainar as críticas ao Tea Party, engrossou o coro daqueles que já veem no movimento e na figura de Sarah Palin um estímulo ao ataque de sábado.
Ela acrescentou que o debate político nos EUA sempre “foi acalorado”.
“Em um mundo ideal, todas as discussões seriam em termos corteses e todas as diferenças seriam cordiais”, disse a política, quem acrescentou: “Nossos líderes sabiam que não estavam criando um sistema para homens e mulheres perfeitos”.
“Se os homens e as mulheres fossem anjos não haveria necessidade de Governo”, ressaltou.
(com Agência EFE)