Rússia sofre ataques de drones e responsabiliza ‘militantes ucranianos’

Autoridades de Belgorod, uma região no sudoeste da Rússia, disseram nesta terça-feira, 23, que seu território foi atingido por ataques de drones durante a noite. Na véspera, um grupo de paramilitares russos contrários ao presidente russo, Vladimir Putin, reivindicaram uma incursão na mesma área.

Em uma série de postagens no Telegram na segunda-feira e no início da terça-feira, o governador de Belgorod, Vyacheslav Gladkov, disse que duas casas foram atingidas por drones na cidade de Grayvoron – o local de um ataque anterior reivindicado por russos pró-Ucrânia.

Nenhuma vítima foi registrada em nenhum dos incidentes com drones, disse o governador.

Também nesta terça-feira, o Kremlin afirmou que “militantes ucranianos” ainda estavam ativos em Belgorod, que fica perto da fronteira ucraniana. Autoridades locais abriram uma operação antiterrorista para repelir o que chamaram de “grupo de sabotagem da Ucrânia”.

O porta-voz de Putin, Dmitry Peskov, disse que a guerra na Ucrânia (que a Rússia chama de “operação militar especial”) foi iniciada para evitar incursões como essa.

O grupo envolvido se identificou como uma milícia étnica russa anti-Kremlin, mas Peskov insistiu que o grupo veio do país vizinho, já que há “muitos russos étnicos dentro da Ucrânia”, chamando-os de “militantes ucranianos”.

O governador regional Gladkov também afirmou que as Forças Armadas ucranianas dispararam morteiros e projéteis de artilharia na região de Belgorod dezenas de vezes na segunda-feira 22, e lançaram dispositivos explosivos de drones. Segundo ele, 12 civis ficaram feridos e várias casas e carros foram danificados.