Rússia reforçará forças na fronteira ocidental para fazer frente à Otan
'Contramedidas adequadas': Moscou vai formar doze novas unidades do exército em seu distrito militar ocidental

O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, disse nesta sexta-feira, 20, que as candidaturas da Finlândia e da Suécia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) vão aumentar as ameaças militares perto das fronteiras ocidentais da Rússia e que está tomando “contramedidas adequadas”.
Em um discurso, Shoigu também disse que os Estados Unidos intensificaram os voos estratégicos de bombardeiros nos últimos anos, enviaram navios de guerra para o Mar Báltico e aumentaram os exercícios de treinamento na região com seus parceiros da Otan.
Em entrevista à agência de notícias russa Interfax, Shoigu afirmou que a adesão da Suécia e da Finlândia à aliança militar levou a um aumento nas ameaças militares perto da fronteira. Ele também foi citado pela agência de notícias estatal Ria, dizendo que Moscou responderia a essas ameaças formando doze novas unidades em seu distrito militar ocidental.
“A tensão continua a crescer na zona de responsabilidade do Distrito Militar Ocidental. Estamos tomando as contramedidas adequadas”, disse Shoigu.
A Finlândia e a Suécia solicitaram formalmente a adesão à aliança de defesa ocidental Otan na quarta-feira 18. Ironicamente, um dos motivos mais citados pelo presidente russo, Vladimir Putin, para justificar a invasão era manter Kiev fora da própria Otan, para não trazer forças ocidentais às fronteiras de seu país.
Se bem-sucedidos, os pedidos representariam a expansão mais significativa da Otan em décadas, dobrando a fronteira da aliança com a Rússia, que repetidamente alertou que seria forçada “restaurar o equilíbrio” das forças no continente, após o que chamou de “um erro grave”.
No entanto, a resposta de Moscou até agora tem sido relativamente silenciosa. Putin descreveu que a adesão da Finlândia e da Suécia não é uma ameaça em si e a Rússia só vai reagir se implementarem infraestrutura militar em seus territórios.
Mesmo assim, em última análise, esta é uma derrota para Putin. Se procurou reduzir a influência da aliança na Europa, ele só fez ampliá-la.
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