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Rússia planejou assassinar CEO de fabricante de armas alemã, diz emissora

Empresa fornecia equipamentos militares à Ucrânia; conspiração foi frustrada pela inteligência dos EUA e serviços de segurança da Alemanha

Por Da Redação
Atualizado em 11 jul 2024, 13h10 - Publicado em 11 jul 2024, 12h56
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  • Os serviços de inteligência dos Estados Unidos descobriram, no início deste ano, uma conspiração do Kremlin para assassinar o CEO da Rheinmetall, gigante alemã da indústria de defesa que fornece armas à Ucrânia, segundo reportagem da emissora americana CNN publicada nesta quinta-feira, 11. O plano foi frustrado pelas autoridades americanas em parceria com agências de segurança da Alemanha, que ampliaram esforços para proteger o executivo, Armin Papperger.

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    Os americanos alertaram a Alemanha assim que descobriram as intenções do Kremlin, um alto funcionário do governo alemão confirmou à CNN.

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    Papperger anunciou no início de junho que instalaria uma fábrica de armas na Ucrânia capaz de produzir 400 novos tanques por ano. Foi uma declaração ousada e franca numa indústria tipicamente envolta em mistério, vinda do homem que ajudou a transformar a Rheinmetall de um obscuro grupo de engenharia alemão em um gigante da defesa global.

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    A demanda por veículos militares e projéteis de artilharia da Rheinmetall disparou desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, dando à empresa uma carteira de pedidos no valor de cerca de US$ 43 bilhões, o triplo do que era no final de 2021. Seu estoque subiu mais de 400% desde que a guerra começou, superando todas as outras grandes empresas de defesa ocidentais.

    Com base no depoimento de cinco fontes americanas e ocidentais familiarizadas com o assunto, a CNN informou que o plano contra Papperger era o mais maduro de uma série de complôs russos para assassinar executivos da indústria de defesa na Europa com conexões à resistência ucraniana.

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    Campanha de sabotagem

    Há mais de seis meses, autoridades europeias têm alertado que Rússia emprega uma campanha de sabotagem em todo o continente. Isso envolveria o recrutamento de paramilitares amadores em países da Europa, para empreender desde ataques incendiários a armazéns de armas até pequenos atos de vandalismo – todos concebidos para impedir o fluxo de equipamentos militares do Ocidente para Kiev e diminuir o apoio público à causa ucraniana.

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    Recentemente, serviços de inteligência ocidentais passaram a sugerir que a Rússia estava disposta a assassinar cidadãos específicos, e Papperger era um alvo óbvio devido ao envolvimento com a guerra.

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    Isso tornou cada vez mais estridentes os alertas de autoridades da Organização do Tratado do Atlêntico Norte (Otan) sobre o perigo da campanha de sabotagem. “A intensificação da campanha de subversão da Rússia é algo que estamos a levar extremamente a sério e em que nos concentramos intensamente nos últimos meses”, disse Adrienne Watson, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional americano, em comunicado recente.

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    Watson acrescentou que Estados Unidos têm discutido a questão com a Otan, enfatizando que as ações da Rússia não impedirão a aliança militar ocidental de continuar apoiando a Ucrânia.

    Cúpula da Otan

    A campanha de sabotagem da Rússia foi um importante ponto de discussão entre os líderes ​​da Otan, que se reuniram em Washington, D.C., para a cúpula do 75º aniversário do bloco. A aliança militar tem focado em melhorar o compartilhamento de informações entre todos os 32 Estados-membros para melhor compreender as conexões entre atividades russas e prevenir complôs.

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    Mas a campanha – e em particular a disposição do Kremlin de assassinar cidadãos europeus em solo estrangeiro – levantou questões difíceis sobre como a aliança deveria se posicionar. Em teoria, nos termos do Artigo 5º da Otan, um ataque armado contra um Estado-membro significa um ataque a todos, e portanto isso suscitaria uma resposta conjunta contra Moscou. O risco de que isso leve a uma guerra em escala maior entre a Rússia e o Ocidente se avulta sobre a resposta que autoridades do grupo decidirem tomar.

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