A Rússia concordou em libertar a piloto militar ucraniana Nadiya Savchenko, que se tornou símbolo da resistência contra Moscou, em troca de dois prisioneiros russos que estavam sob custódia do país vizinho. Em março, Savchenko foi condenada a 22 anos de prisão pelo envolvimento na morte de dois jornalistas russos no leste da Ucrânia em 2014, crimes que ela nega ter cometido.
“Eu estou livre”, disse a piloto para uma multidão de repórteres e políticos na sua chegada ao aeroporto de Kiev, nesta quarta-feira, de acordo com o jornal The Guardian. Savchenko fez um discurso passional, no qual agradeceu seus apoiadores e disse que irá lutar para a liberação de outros cidadãos ucranianos presos na Rússia.
Enquanto estava encarcerada, Nadiya foi eleita membro do Parlamento da Ucrânia. Esta semana, ela recebeu o perdão do presidente russo Vladimir Putin, que a permitiu sair da cadeia e retornar para casa. Os dois soldados russos aprisionados por Kiev, Aleksandr Alexandrov e Yevgeni, também retornaram hoje ao seu país em voo especial.
Leia mais:
Piloto ucraniana é condenada a 22 anos de prisão na Rússia
Ucraniana presa na Rússia mostra o dedo médio para o juiz em audiência
De acordo com as acusações dos promotores russos, a piloto de helicóptero de 34 anos teria participado do ataque aéreo que matou os dois repórteres em Lugansk, em junho de 2014, quando estaria treinando voluntários de milícias ucranianas. Nadiya ficou quase dois anos presa e afirma ter sido capturada pelos rebeldes pró-Rússia antes do ataque.
No julgamento conduzido no início do ano, o tribunal não avaliou o fato de que Savchenko tinha imunidade parlamentar desde outubro de 2014, como deputada. Na ocasião, ela cantou o hino nacional da Ucrânia e encerrou sua declaração apontando o dedo médio para o juiz.
(Da redação)
Tom pastoral de Marcos Mion destoa da crítica de Madonna no palco
Madonna: participação ‘muda’ de Anitta teve motivo prévio
Madonna esconde rótulo de cerveja, joga garrafa e patrocinador vira meme
Bolsonaro teme que ofensiva anti-Moro no TSE legitime inelegibilidade
Temer é consultado sobre manobra que livraria Bolsonaro de eventual prisão
