Aviões russos lançaram neste fim de semana 472 ataques contra instalações de grupos terroristas que operam na Síria, informou nesta segunda-feira o Ministério da Defesa da Rússia. De acordo com o órgão, foram atingidas as províncias de Aleppo, Damasco, Idlib, Latakia, Homs, Raqqa e Deir ez Zor. A pasta ainda afirmou que todos os aviões que atuaram nessas operações retornaram à base síria de Jmeimin, que está sendo usada pela Força Aérea do país.
Na última terça-feira, ao reconhecer que o avião russo que caiu no Egito em outubro foi alvo de um ato terrorista, o governo de Vladimir Putin prometeu intensificar os ataques aéreos na Síria. Na mesma semana, o Estado Islâmico (EI), que reivindicou a autoria do ataque, divulgou a imagem do que seria o modelo do dispositivo usado pelo grupo para derrubar a aeronave com 224 pessoas a bordo. A bomba improvisada teria sido feita a partir de uma lata de refrigerante.
Coalizão – Um encontro entre Putin e o presidente da França, François Hollande, está marcado para esta quinta-feira em Moscou. A Rússia tem um projeto para coordenar uma coalizão internacional contra focos do EI na Síria, enquanto a França busca apoio de vários países para responder aos ataques terroristas em Paris, que deixaram 130 mortos no dia 13 de novembro.
O governo russo já havia apresentado uma proposta para combater os jihadistas no Oriente Médio. No entanto, as autoridades francesas defendem que os esforços devem se concentrar no EI, e não nos demais grupos terroristas. O representante da Rússia na Organização das Nações Unidas (ONU), Vitaly Churkin, se mostrou aberto a dar maior ênfase ao combate contra o EI, mas defendeu que é necessário levar em conta o “contexto muito complicado” que há na Síria e no Iraque.
(Com agência EFE)