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Rússia e Liga Árabe negociam sobre Síria, rebeldes sob forte ofensiva

Por louai beshara
5 mar 2012, 12h06

A Rússia e a Liga Árabe se reunirão nesta semana para debater a crise na Síria, onde o Exército continua a ofensiva contra os bastiões da rebelião depois da tomada de Baba Amr, bairro de Homs no qual a Cruz Vermelha ainda não conseguiu entrar.

Moscou, que apesar da sangrenta repressão da revolta segue apoiando o regime de Bashar al-Assad, anunciou que o chefe de sua diplomacia tratará sobre a crise síria com seus colegas árabes no dia 10 de março no Cairo.

Uma crise que se prolonga com a continuação dos combates entre as forças governamentais e os rebeldes do Exército Sírio Livre (ESL).

Combates explodiram na noite de domingo em Deraa, berço da revolta no sul, onde morreu um militante que filmava os confrontos, segundo o Observatório sírio de direitos humanos (OSDH).

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No domingo, o Exército bombardeou Rastan, bastião rebelde na província de Homs, matando sete pessoas, quatro delas crianças.

Em Homs (centro), onde no dia 1 de março o Exército tomou o bairro rebelde de Baba Amr, as forças de segurança realizaram uma campanha de prisões no bairro adjacente de Jobar.

O Exército também tomou de assalto Yabrud, na província de Damasco.

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Às portas de Baba Amr, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha ainda tentava, pelo quarto dia consecutivo, entrar com um comboio de sete caminhões carregados com ajuda de emergência para este bairro bombardeado por quase um mês.

As autoridades alegaram razões de segurança, em particular a presença de bombas e minas, para justificar a não autorização da entrada da Cruz Vermelha. No entanto, jornalistas da rede de televisão oficial síria estão lá há vários dias.

“Estamos certos de que querem ganhar tempo para queimar os cadáveres e apagar as pegadas de seus crimes”, afirmou no domingo Hadi Abdullah, militante em Homs da Comissão geral da revolução síria.

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No entanto, o CICV conseguiu distribuir ajuda no domingo em um povoado próximo a Baba Amr, onde há muitos refugiados.

Diante da persistência da violência, a comunidade internacional tenta encontrar uma saída, ao mesmo tempo em que aumenta a pressão sobre Damasco.

A companhia aérea Air France cancelou seu voo semanal Paris-Damasco depois que a França anunciou que fechava sua embaixada na capital síria.

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Já a Rússia tentava encontrar uma saída política e seu ministro das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, anunciou um encontro com seus homólogos árabes no sábado no Cairo.

Rússia e China já vetaram duas resoluções da ONU condenando a repressão.

A Arábia Saudita e os seis Estados do Golfo retiraram seus embaixadores de Damasco e expulsaram os embaixadores da Síria para denunciar a “matança coletiva” cometida pelo regime de Assad.

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No domingo, o ministro saudita das Relações Exteriores, Saud al-Fayzal, considerou que a oposição síria tinha o direito de se armar diante da repressão.

A questão de armas para a oposição é um tema cada vez mais controverso com Washington, que continua sendo reticente por medo de que as armas parem nas mãos da Al-Qaeda, e vários países apoiam a ideia.

No dia 1 de março, o Conselho nacional sírio (CNS), principal componente da oposição, anunciou a formação de um “gabinete militar” para supervisionar o abastecimento de armas para o ESL, fornecendo seu apoio formal à luta armada.

O ex-primeiro-ministro francês e candidato às eleições presidenciais Dominique de Villepin considerou no domingo que é “tempo de pensar em uma ação no local”, prevendo ataques pontuais contra o poder.

Desde o início da revolta contra o regime de Assad, há quase um ano, mais de 7.500 pessoas já morreram, segundo a ONU.

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