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Rússia avança para revogar ratificação de tratado contra testes nucleares

Duma, parlamento do país, aprova lei conforme desejo do líder Vladimir Putin de 'espelhar' decisão dos EUA, que nunca ratificou pacto

Por Da Redação
18 out 2023, 14h35

O parlamento da Rússia aprovou nesta quarta-feira, 18, um projeto de lei que revoga a ratificação do tratado de proibição de testes nucleares. Cumprindo um desejo do presidente Vladimir Putin, a medida muda a posição legal de Moscou em meio as tensões com o Ocidente e a guerra na Ucrânia.

Com unanimidade de 415 votos a zero, os legisladores da Duma aprovaram a segunda e a terceira leituras de um projeto de lei que revoga a ratificação pela Rússia do Tratado de Proibição Total de Testes Nucleares. Segundo Putin, a mudança tem objetivo de “espelhar” a decisão dos Estados Unidos que assinou, mas nunca ratificou, o tratado de 1996.

“Compreendemos a nossa responsabilidade para com os nossos cidadãos, estamos protegendo nosso país. O que está acontecendo no mundo hoje é culpa exclusiva dos Estados Unidos”, disparou Vyacheslav Volodin, presidente do parlamento.

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Desde que invadiu a Ucrânia no ano passado, Putin tem lembrado repetidamente o Ocidente sobre o poderio nuclear da Rússia. Nesta quarta-feira, a TV estatal exibiu imagens raras do chefe do Kremlin durante uma visita a Pequim, acompanhado por oficiais da Marinha carregando a chamada “maleta nuclear”, que pode ser usada para ordenar um ataque atômico.

Apesar disso, Moscou já declarou que não retomaria os testes a menos que Washington o fizesse, o que preocupa analistas internacionais. Especialistas dizem que um teste realizado pela Rússia ou pelos Estados Unidos poderia inspirar potências como China, Índia e Paquistão a seguirem pelo mesmo caminho.

Mesmo com a revogação da ratificação, feita em 2000, a Rússia deve continuar a ser signatária do tratado, o que significa que precisa fornecer dados ao sistema de monitoramento global que alerta o mundo sobre qualquer teste nuclear. Porém, autoridades russas também consideram se retirar completamente do pacto.

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“E o que faremos a seguir – quer continuemos a ser parte do tratado ou não, não lhes diremos. Devemos pensar na segurança global, na segurança dos nossos cidadãos e agir de acordo com os interesses nacionais”, disse Volodin.

Melissa Parke, diretora executiva da Campanha Internacional para a Abolição das Armas Nucleares, classificou a ação da Rússia como irresponsável. Ela disse que tratados “são fundamentais para garantir que os testes nucleares que prejudicaram a saúde das pessoas e causam contaminação radioativa generalizada não sejam retomados”.

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