Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Revoluções árabes, Fukushima e FMI serão pauta do G8

Encontro dos países mais ricos ocorre nesta quinta e sexta-feira na França

Por Da Redação
25 Maio 2011, 11h26

O apoio do G8 aos países das “revoluções árabes” e as repressões à onda de revoltas, principalmente na Líbia, estão entre os principais temas em pauta no debate da cúpula de líderes mundiais que ocorre nesta quinta e sexta-feira na França. O assunto já dominou a primeira entrevista coletiva do presidente americano, Barack Obama, e do primeiro-ministro britânico, David Cameron, nesta quarta-feira. Os chefes de estado disseram que irão pressionar para que o ditador líbio Muamar Kadafi deixe o poder. Outros fatos em discussão serão o acidente nuclear de Fukushima e a sucessão no FMI.

Quase seis meses depois de instaurada a crise no mundo islâmico, onde rebeldes derrubaram os regimes autoritários do Egito e da Tunísia, os países do G8 definirão a ajuda financeira a ser concedida em apoio a uma transição democrática. O anfitrião do encontro, o presidente francês Nicolas Sarkozy, quer que esta cúpula “assente as bases” de uma “colaboração de longa duração” entre as nações desenvolvidas e os países árabes em sua “transição para mais democracia” e “mais economia de mercado”, disse uma fonte da Presidência francesa.

França e Reino Unido anteciparam que não será uma “cúpula de doadores”, embora Tunísia e Egito apresentem cifras precisas: 25 bilhões de dólares para o primeiro e 12 bilhões para o segundo. Os Estados Unidos se adiantaram à cúpula e anunciaram uma ajuda para impulsionar a democratização e o Banco Mundial prometeu até 6 bilhões de dólares, contanto que sejam realizadas as reformas políticas e econômicas.

Líbia – Quase três meses depois do início dos bombardeios de uma coalizão internacional na Líbia, que não conseguiram retirar Muamar Kadafi do poder, o G8 (formado por França, Estados Unidos, Alemanha, Itália, Reinos Unido, Canadá, Japão e Rússia) tentarão encontrar uma saída para a atual situação. A Rússia reiterou nesta quarta-feira que os bombardeios são um “desvio grosseiro” do mandato da ONU.

Continua após a publicidade

Os protestos populares na Síria e a repressão imposta pelo regime de Bashar Assad, que desde março custou a vida de mais de 1.000 pessoas, estará nas discussões de Nicolas Sarkozy, Barack Obama, Angela Merkel, David Cameron, Dmitri Medvedev, Silvio Berlusconi, Stephen Harper e Naoto Kan.

Dois meses depois do acidente nuclear na usina japonesa de Fukushima causado pelo terremoto e pelo tsunami que deixaram 25.000 mortos, os oito debaterão o futuro da energia nuclear. “A primeira lição é estabelecer normas de segurança no mais alto nível de exigência”, indicou a mesma fonte do Eliseu que admitiu “respostas diferentes” dos países do G8 que concentram a maior parte das centrais nucleares do planeta com cerca de 300 reatores nucleares.

FMI – Fora da agenda, a nomeação do sucessor de Dominique Strauss-Kahn à frente do Fundo Monetário Internacional (FMI), também estará certamente nas discussões das nações que controlam 80% da riqueza mundial, sobretudo, pela forma como ocorreu a renúncia do dirigente francês indiciado em Nova York por tentativa de estupro de uma camareira de hotel. A ministra francesa da Economia, Christine Lagarde, anunciou oficialmente nesta quarta-feira sua candidatura ao cargo de diretor-gerente do FMI. Ela competirá com Agustín Carstens, o candidato anunciado pelo México, um dos emergentes que exigem o seu lugar no comando financeiro mundial.

Continua após a publicidade

A internet como “maior fenômeno” do século XXI do ponto de vista econômico e social – seu papel na “primavera árabe” – será outro dos assuntos da agenda de chefes de estado que deverão apoiar um plano de ação para conter a rota transatlântica da cocaína da América Latina à Europa, passando pela África.

Cerca de 50 ONGs – alguns procedentes da Tunísia, Camarões e Nigéria e nenhuma da América Latina – assistirão à Cúpula de Deauville, luxuoso balneário do norte da França protegido por um impressionante aparato de segurança com 12.000 policiais e militares, 40 helicópteros e duas baterias de mísseis e onde a navegação estará proibida em um raio de 9 quilômetros.

(Com agência France-Presse)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.