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Christine Lagarde oficializa candidatura ao FMI

Ministra das Finanças da França diz que dará ao Fundo 'uma nova ambição'

Por Da Redação
25 Maio 2011, 07h43

“Tomo esta decisão após uma longa reflexão e com a concordância do presidente da República e do primeiro-ministro”

Christine Lagarde

A ministra das Finanças da França, Christine Lagarde, anunciou oficialmente nesta quarta-feira sua candidatura ao cargo de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), em substituição ao compatriota Dominique Strauss-Kahn, que renunciou após os escândalos sobre crimes sexuais.

“Resolvi apresentar minha candidatura”, disse a ministra. “Tomo esta decisão após uma longa reflexão e com a concordância do presidente da República e do primeiro-ministro, que me apoiam totalmente neste processo”, completou ela, em entrevista coletiva, referindo-se a Nicolas Sarkozy e François Fillon.

Lagarde ainda declarou que, se for escolhida, transferiria ao FMI toda sua experiência “como advogada, dirigente empresarial e ministra”, e disse que desempenharia o cargo com entusiasmo e dedicação. A ministra, de 55 anos, indicou que aceita o “imenso desafio” com humildade, esperando conseguir o maior consenso possível, e ressaltou que o apoio recebido por parte de diferentes países a “impulsionou a dar este passo”.

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Disposta a dar ao Fundo “uma nova ambição”, Lagarde acrescentou que a instituição “não é propriedade de ninguém, salvo de seus 187 países-membros, dos quais cada um tem expectativas legítimas”, razão pela qual estará à disposição de todos os membros nas próximas semanas para apresentar seu projeto.

Investigação – O prazo de apresentação de candidaturas, que começa com uma dura queda-de-braço entre a Europa e os países emergentes, foi aberto formalmente na segunda-feira e finaliza em 10 de junho, no mesmo dia em que a Justiça francesa decide se abre uma investigação que envolveria a ministra por suposto abuso de autoridade no caso Tapie.

A Promotoria pediu a abertura de um procedimento em 10 de maio, por considerar que Lagarde pode ter cometido abuso de autoridade na fixação da indenização ao empresário francês Bernard Tapie em 240 milhões de euros pela venda da Adidas em 1993. A ministra declarou que embora a investigação continue, manterá sua candidatura porque tem a consciência tranquila e sempre atuou “com o interesse do estado e da lei”.

Lagarde conta até o momento com o apoio entre outros dos três pesos pesados da União Europeia: França, Reino Unido e Alemanha e em um primeiro momento, segundo anunciou nesta terça-feira o porta-voz do governo francês, François Baroin, parecia ter recebido também o anúncio da China. Pouco depois, no entanto, os cinco membros dos grandes países emergentes, o denominado grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) classificaram de “obsoleta” a tradição de o diretor-gerente do FMI ser apenas um europeu.

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A francesa disse que não se apresenta como “candidata do Eurogrupo, europeia ou francesa”, mas como uma pessoa à disposição desse organismo, e ressaltou que embora não espere que sua condição de europeia represente uma vantagem, não deseja também não que isso signifique uma desvantagem.

Comissão Europeia – Logo após o anúncio da ministra francesa, o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, manifestou concordâqncia. “Apoio plenamente a candidatura de Christine Lagarde ao posto de diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional”, declarou em um comunicado, ressaltando que Lagarde conta com o respeito da comunidade internacional.

Segundo Barroso, a Comissão Europeia “acredita que as qualidades de Lagarde, assim como seu compromisso com o fortalecimento da governança econômica global, são indispensáveis para cumprir a missão do FMI e sua contribuição vital para a estabilidade da economia internacional”.

(Com agências France-Presse e EFE)

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