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Republicanos dizem que terroristas trocados por sargento voltaram a conspirar

De acordo com os congressistas, os cinco radicais, soltos em troca da liberdade do soldado americano mantido refém pelo Talibã por quase cinco anos, representam um perigo à segurança nacional

Por Da Redação
15 Maio 2015, 22h34

Políticos do Partido Republicano afirmam que os cinco ex-prisioneiros de Guantánamo envolvidos na troca pelo sargento americano Bowe Bergdahl, há um ano, voltaram a conspirar contra os Estados Unidos. Os deputados do Comitê de Inteligência da Câmara enviaram uma carta ao presidente Barack Obama nesta semana ressaltando que os radicais, que eram ligados ao Talibã, representam uma ameaça à segurança nacional e devem continuar sendo monitorados pelo governo.

Os terroristas encontram-se atualmente no Catar. Desde que foram soltos, em maio de 2014, eles são monitorados por Washington – possuem todas as comunicações telefônicas e eletrônicas supervisionadas – e estão proibidos de viajar ao exterior, de enviar dinheiro para qualquer organização ou de militar por qualquer causa. O monitoramento e as restrições, porém, são válidas somente até 31 de maio.

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“Mesmo com as restrições atuais… está claro para o Comitê que os cinco ex-prisioneiros participaram de atividades que ameaçam funcionários dos Estados Unidos e da coalizão. Eles se opõem aos interesses da segurança nacional americana, assim como o faziam antes de serem detidos”, diz a carta escrita pelos republicanos. O jornal The Washington Post salientou que os congressistas não especificaram em nenhum momento quais seriam as atividades terroristas praticadas atualmente pelos ex-prisioneiros, mas justificaram a preocupação com base nos registros examinados desde sua libertação.

Para os políticos, o governo americano deveria ter “pouca confiança” em sua própria habilidade de monitorar os extremistas à distância. “Se o cronograma for seguido e o Catar permitir que estes cinco ex-prisioneiros obtenham um passaporte para viajar ao Afeganistão ou Paquistão, eles estarão em liberdade e desempenharão um papel mais direto em ataques contra os homens e mulheres do nosso Exército”, afirmaram os republicanos. A Casa Branca ainda não fez nenhum comentário sobre as alegações, mas funcionários em Washington já haviam descartado que os cinco ex-prisioneiros pudessem oferecer perigo aos Estados Unidos. Eles cumpriram pena de aproximadamente doze anos em Guantánamo.

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Em abril, funcionários dos governos americano e catariano conversaram sobre a possibilidade de estender ao menos algumas das restrições impostas aos terroristas. Não está claro se o Catar concordará com a imposição de mais sanções aos ex-prisioneiros, uma vez que Doha tem tentado assumir uma postura neutra em assuntos diplomáticos nos últimos anos.

Desertor – A administração de Obama vem pagando um alto preço pelas negociações que culminaram na libertação de Bergdahl. Além de a troca ter resultado na libertação de criminosos da cúpula extremista que atuava no Afeganistão, a oposição e a opinião pública se revoltaram com os motivos que levaram o militar a ser sequestrado pelo Talibã. Diversos relatos apontam que Bergdahl desertou de sua base em junho de 2009 e as operações de busca subsequentes ao seu desaparecimento resultaram na morte de pelo menos seis militares americanos. Em março, Bergdahl foi formalmente acusado de deserção e má conduta diante do inimigo. Se for considerado culpado, ele pode pegar até a prisão perpétua.

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(Da redação)

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