(Atualiza número de mortos)
Cairo, 20 dez (EFE).- Pelo menos 62 pessoas morreram nesta terça-feira pela repressão do regime da Síria em várias regiões do país, especialmente na província setentrional de Idlib, informaram as entidades opositoras Comitês de Coordenação Local.
Em Idlib, na cidade de Kafr Eid, pelo menos 47 pessoas morreram, embora o número possa aumentar nas próximas horas em consequência do bombardeio do Exército.
Já o presidente do Observatório Sírio de Direitos Humanos, Rami Abdul Rahman, explicou à Agência Efe que as cidades de Kafr Eid e Fatira (ambas em Idlib) foram palco de duros confrontos entre o Exército sírio e grupos de dissidentes, o que deixou mais de 100 desertores mortos ou feridos.
Nessa mesma província, o Exército mantém as operações de repressão da oposição e bombardeou nesta terça-feira as regiões de Balyun e Mozra com artilharia pesada, destacou o Observatório.
Idlib, um dos principais redutos da oposição, é atualmente palco de confrontos entre o Exército e soldados dissidentes.
Segundo os Comitês, outras dez pessoas morreram na província de Homs (centro), três em Hama (centro) e duas em Aleppo (norte).
A agência oficial de notícias síria, ‘Sana’, divulgou nesta terça-feira a aprovação de uma lei que contempla a pena de morte para quem distribuir armas com o objetivo de cometer atentados terroristas.
Além disso, a norma prevê penas de 15 anos de trabalhos forçados para quem roubar armas e determina trabalhos forçados perpétuos para os que roubarem armas com o objetivo de traficá-las ou cometer atos terroristas.
O governo do presidente sírio, Bashar al-Assad, alega que grupos terroristas são os responsáveis da violência que desde março atinge o país, enquanto a oposição ao regime contradiz esta versão e denuncia a dureza da repressão do Exército sobre os manifestantes.
A Síria assinou nesta segunda-feira o protocolo proposto pela Liga Árabe para enviar uma delegação de observadores ao país, onde, segundo a ONU, mais de 5 mil pessoas morreram desde o início das manifestações contra o regime, em março. EFE