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Repórteres da Reuters presos em Mianmar comparecem a tribunal

Jornalistas são acusados de violar lei de segredos nacionais após terem sido presos com documentos supostamente sigilosos

Por Reuters
Atualizado em 6 fev 2018, 17h20 - Publicado em 6 fev 2018, 11h08

Um tribunal de Mianmar julga nesta terça-feira dois jornalistas da Reuters acusados de violar a lei de segredos oficiais do país. Os procuradores responsáveis pelo caso apresentam hoje suas primeiras testemunhas para determinar se eles serão condenados pela lei, que data da era colonial do país.

Wa Lone, de 31 anos, e Kyaw Soe Oo, de 27, foram levados algemados ao tribunal no distrito de Insein, em Yangon, onde dezenas de repórteres e diplomatas aguardavam para acompanhar os procedimentos.

Os dois jornalistas estavam trabalhando na cobertura da Reuters sobre a crise no Estado de Rakhine, onde uma repressão militar contra insurgentes iniciada no fim de agosto provocou a fuga de 688.000 muçulmanos rohingyas, de acordo com a ONU.

Wa Lone e Kyaw Soe Oo foram detidos no dia 12 de dezembro, depois de serem convidados para jantar com policiais em Yangon. Eles disseram a parentes que foram presos quase imediatamente após chegarem ao jantar, pelos próprios policiais.

Segundo o Ministério da Informação birmanês, eles são acusados de “enviar documentos importantes sobre as forças de segurança no Estado de Rakhine para estrangeiros no exterior”. Estão sendo julgados segundo uma seção da Lei dos Segredos Oficiais e podem ser condenados a até catorze anos de prisão.

Seus advogados, contudo, garantem que as informações que constavam nos memorandos a que tiveram acesso já eram de conhecimento público e foram publicadas pela imprensa internacional antes de sua prisão.

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Um dos policiais responsáveis pela prisão dos jornalistas, Tin Htwe Oo, prestou depoimento nesta terça-feira ao tribunal e afirmou que as circunstâncias da detenção da dupla estavam detalhadas em anotações que fez no dia do ocorrido. O oficial, contudo, disse que queimou seus registros sobre o caso, porém não explicou por que tomou tal decisão. 

Os dois repórteres, que tiveram seu pedido de fiança negado, já estão detidos há oito semanas, inicialmente sob custódia da polícia e agora na prisão Insein, em Yangon.

O presidente e editor-chefe da Reuters, Stephen J. Adler, expressou decepção com a decisão sobre o pedido de fiança, e pediu a libertação imediata dos jornalistas.

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“Eles deveriam ter a oportunidade de ficar com suas famílias enquanto as audiências continuam”, disse Adler em comunicado. “Nós acreditamos que os processos judiciais vão demonstrar sua inocência e que Wa Lone e Kyaw Soe Oo serão capazes de retornar a seus trabalhos reportando eventos em Mianmar.”

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