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Relatora da ONU reconhece indícios de agressões sexuais do Hamas

Em relatório inédito, enviada das Nações Unidas advertiu que há 'motivos razoáveis ​​para acreditar que tal violência possa estar em curso'

Por Da Redação
4 mar 2024, 17h39

Um relatório da representante especial para a Violência Sexual em Conflitos das Nações Unidas, Pramila Patten, indicou nesta segunda-feira, 4, que há “motivos razoáveis” para acreditar que militantes do grupo palestinos Hamas cometeram “tortura sexualizada” e estupro nos ataques de 7 de outubro contra israelenses. Ao lado de uma equipe de nove pessoas, ela esteve em Israel e na Cisjordânia entre 29 de janeiro e 14 de fevereiro, mas destacou que a visita não tinha finalidade “planejada nem obrigatória para ser de natureza investigativa”.

“Há motivos razoáveis ​​para acreditar que a violência sexual relacionada com o conflito ocorreu durante os ataques de 7 de outubro em vários locais da periferia de Gaza, incluindo violação e violação em grupo, em pelo menos três locais”, escreveu em relatório inédito.

Além disso, Patten também explicou que existem “motivos razoáveis ​​para acreditar que tal violência possa estar em curso”. As conclusões foram baseadas em “informações claras e convincentes” de que algumas reféns foram submetidas ao crime – durante o último e único cessar-fogo do conflito, de novembro a dezembro do ano passado, 105 pessoas que estavam em cativeiro na Faixa de Gaza foram libertadas.

O documento, no entanto, destacou que a delegação da ONU não conseguiu se reunir com as vítimas, “apesar dos esforços conjuntos para encorajá-las a se manifestarem”. Para chegar ao resultado da investigação, então, a equipe realizou 33 encontros com instituições israelenses e entrevistaram 34 pessoas, como sobreviventes, testemunhas dos ataques de 7 de outubro, reféns libertados e prestadores de cuidados de saúde.

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“No geral, a equipe da missão é da opinião que a verdadeira prevalência da violência sexual durante os ataques de 7 de outubro e as suas consequências podem levar meses ou anos a emergir e pode nunca ser totalmente conhecida”, acrescentou o texto.

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Indícios de abuso

O relatório apontou que, em diferentes pontos do enclave palestino, “vários corpos totalmente nus ou parcialmente nus da cintura para baixo foram recuperados – a maioria mulheres – com as mãos amarradas e baleados várias vezes, muitas vezes na cabeça”, de forma a sugerir um modus operandi de abuso.

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Patten ponderou que as provas são circunstanciais, mas disse que acredita que seriam um “indicativo de algumas formas de violência sexual”. Nos arredores da rave Universo Paralello, atacada pelos combatentes do Hamas, foram encontrados indícios de “que ocorreram vários incidentes de violência sexual, com vítimas sendo vítimas de estupro e/ou estupro coletivo e depois mortas ou mortas enquanto eram estupradas”

Na Estrada 232, principal rota para sair do festival, “informações credíveis baseadas em relatos de testemunhas descrevem um incidente de violação de duas mulheres por elementos armados”, afirmou. Alguns corpos foram “amarrados a estruturas, incluindo árvores e postes, ao longo da Estrada 232”.

No kibutz Re’im, no sul de Israel, uma mulher teria sido estuprada fora de um abrigo antiaéreo. Em contrapartida, no kibutz Be’eri, os representantes da ONU foram capazes “determinar que pelo menos duas alegações de violência sexual amplamente repetidas na mídia eram infundadas devido a novas informações substitutas ou à inconsistência nos fatos coletados” – em uma acusação anterior amplamente disseminada, foi alegado que o útero de uma mulher grávida teria sido rasgado e o feto esfaqueado, explicou Patten.

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