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Relatora da ONU diz ver ‘genocídio’ em Gaza e relata receber ameaças

"Há motivos razoáveis para acreditar que o limite que indica o cometimento do crime de genocídio foi atingido", disse Francesca Albanese

Por Da Redação
Atualizado em 27 mar 2024, 16h01 - Publicado em 27 mar 2024, 15h32

A relatora especial das Nações Unidas para territórios palestinos ocupados, que publicou um documento em que afirma que há motivos razoáveis para acreditar que Israel comete genocídio em Gaza durante a sua campanha militar contra o grupo militante palestino Hamas, disse nesta quarta-feira, 27, que recebeu ameaças ao longo do seu mandato.

Francesca Albanese apresentou um relatório intitulado “Anatomia de um genocídio” ao Conselho de Direitos Humanos da ONU na terça-feira. O documento foi rejeitado por autoridades israelenses.

“Após quase seis meses de ataques israelenses implacáveis à Gaza ocupada, é meu dever solene relatar o pior que a humanidade é capaz de fazer e apresentar minhas conclusões”, disse a relatora. “Há motivos razoáveis para acreditar que o limite que indica o cometimento do crime de genocídio foi atingido”.

Segundo autoridades israelenses, o trabalho de Albanese deslegitima a “própria criação e existência do Estado de Israel”. Em resposta, Albanese negou a acusação e disse que, entre suas conclusões, está o fato de que lideranças executivas e militares de Israel subverteram intencionalmente “funções de proteção na tentativa de legitimar a violência genocida contra o povo palestino”.

A relatora também disse receber ameaças por trabalhar com o relatório.

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“Recebo ameaças. Nada que até agora considerei necessitar de precauções adicionais. Pressão? Sim, e isso não muda nem o meu compromisso nem o resultado do meu trabalho”, comentou. “A única inferência razoável que pode ser tirada da revelação dessa política é uma política estatal israelense de violência genocida contra o povo palestino em Gaza”.

Quase seis meses depois desde o início da guerra entre Israel e Hamas, o texto afirma que cerca de 70% das áreas residenciais de Gaza foram destruídas pelo Exército israelense e 80% da população foi obrigada a se deslocar. Citando a lei internacional, Albanese explicou que o genocídio é definido como um conjunto específico de atos que são cometidos com a intenção de destruir todo, ou parte, de um grupo étnico, racial ou religioso.

No relatório, ela afirma que Israel teria cometido três atos de genocídio com intenção necessária, causando danos corporais e mentais aos palestinos, infligindo deliberadamente as condições de vida do grupo para provocar destruição total ou parcial e impondo medidas para impedir nascimentos.

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