Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Reino Unido vai pedir perdão a condenados por serem gays

O secretário de Justiça britânico, Sam Gyimah, defendeu que é "muito importante" dar "o perdão" às pessoas que foram condenadas por homossexualidade

Por Da redação
20 out 2016, 12h34

O governo do Reino Unido anunciou nesta quinta-feira que vai extinguir a condenação que recaía sobre milhares de pessoas por ser homossexual ou bissexual, e concederá “perdão” póstumo a todos os que já faleceram. Manter relações homossexuais era considerado um crime na Inglaterra e no País de Gales até 1967, na Escócia até 1980 e na Irlanda do Norte até 1982.

O secretário de Justiça britânico, Sam Gyimah, defendeu que é “muito importante” dar “o perdão” às pessoas que foram condenadas por homossexualidade, já que elas “seriam inocentes de qualquer crime hoje em dia”. Através desta medida serão dados “indultos formais” aos que foram condenados por ter relações homossexuais consentidas no Reino Unido e é consequência de uma proposição parlamentar do deputado John Sharkey, do Partido Liberal-Democrata.

Leia também
‘Alan Turing devia ser um ícone gay’, diz Keira Knightley
Pai da computação, Turing recebe perdão real por ser gay

A medida também foi motivada por um movimento conhecido como “Alan Turing Law”, campanha batizada em homenagem ao matemático britânico Alan Turing (1912-1954) que ajudou a decifrar os códigos dos segredos nazistas durante a II Guerra Mundial. Turing foi condenado por indecência grave depois que foi descoberto o seu relacionamento com um jovem 19 anos, em 1952. Ele foi castrado quimicamente e se suicidou em 1954.

Continua após a publicidade

Em 2013, a rainha Elizabeth II concedeu o perdão ao matemático, mas mesmo assim começou um movimento para pedir que este indulto fosse aplicado a todas as pessoas que foram condenadas por sua orientação sexual. Nesta iniciativa atuou, entre outros, o ator britânico Benedict Cumberbatch, que encarnou o matemático no filme “O Jogo da Imitação” (2014).

Acusado por esse crime em 1974, o escritor e ativista homossexual George Montague, comemorou a decisão, mas disse não aceitará o pedido de perdão. “Aceitar um perdão é admitir que foi culpado. Eu não fui culpado de nada. Só fui culpado de estar no lugar errado no momento errado”, declarou ele à rede BBC.

(Com agência EFE)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.