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Reino Unido proíbe câmeras de vigilância chinesas em lugares ‘sensíveis’

País defende medida em prol da 'segurança nacional', enquanto empresa da China diz que suas câmeras estão de acordo com as leis britânicas

Por Da Redação
25 nov 2022, 15h14

O Reino Unido proibiu nesta sexta-feira, 25, que a empresa de vigilância chinesa Hikvision utilize seu sistema de câmeras em locais considerados “sensíveis”. 

As restrições impedirão que as autoridades instalem tecnologia produzida por empresas sujeitas à Lei de Inteligência Nacional da China, que exige que cidadãos e organizações chinesas cooperem com os serviços de inteligência e segurança do país.

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Em resposta à rede CNN, a Hikvision disse que era “categoricamente falso representar a empresa como uma ameaça à segurança nacional” e que espera se reunir “urgentemente” com as autoridades britânicas para entender a decisão. 

“A Hikvision é um fabricante de equipamentos que não tem visibilidade dos dados de vídeo dos usuários finais. Nós não podemos acessar os dados de vídeo dos usuários finais e não podemos transmiti-los para terceiros. Não gerenciamos bancos de dados nem vendemos armazenamento em nuvem no Reino Unido”, escreveu a empresa.

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O ministro do gabinete, Oliver Dowden, disse que a decisão foi tomada após uma revisão de segurança e que os departamentos do governo foram instruídos a interromper as instalações. Sem entrar em detalhes, Dowden citou a “ameaça ao Reino Unido e a crescente capacidade de conectividade desses sistemas”.

Os departamentos governamentais também foram aconselhados a considerar a possibilidade de “remover e substituir tais equipamentos onde são implantados em locais sensíveis, em vez de aguardar atualizações programadas”.

A decisão ocorre meses depois que parlamentares britânicos pediram a proibição da tecnologia da Hikvision e da Dahua, outra fabricante chinesa de câmeras de vigilância, alegando que elas estavam envolvidas nos abusos cometidos contra a minoria uigur de Xinjiang, no oeste da China. 

Em comunicado divulgado em julho pelo grupo britânico que investiga o uso de sistemas de vigilância, o Big Brother Watch, 67 deputados do Reino Unido disseram que as empresas chinesas deveriam ser proibidas de vender seus produtos no país.

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Na época, o grupo disse que a maioria dos órgãos públicos usava câmeras fabricadas pelas duas empresas, incluindo 73% de todos os conselhos nacionais, 57% das escolas secundárias, 60% das unidades organizacionais do Sistema Nacional de Saúde, além de universidades e forças policiais nacionais. 

No comunicado, a Hikvision disse que suas câmeras estavam de acordo com as leis britânicas e que todas elas são sujeitas a rígidos requisitos de segurança. 

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