O rei Abdullah II, da Jordânia, dissolveu o parlamento nesta quinta-feira, abrindo caminho para eleições parlamentares antecipadas no país, informaram autoridades de Palácio Real. A data do pleito não foi divulgada.
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De acordo com a Constituição, após a dissolução do parlamento, os membros do governo do primeiro-ministro Fayez Tarauneh terão que apresentar sua renúncia no prazo máximo de uma semana.
O anúncio é feito na véspera de uma manifestação em massa programada pela oposição, uma das muitas promovidas desde o começo de 2011. A demanda dos jordanianos é por reformas no sistema político e econômico do país, além do fim da corrupção.
A Irmandade Muçulmana da Jordânia, principal grupo de oposição ao governo, anunciou em julho que seu partido político, a Frente de Ação Islâmica, boicotaria as eleições. O grupo quer que o poder do rei seja reduzido e defende que o primeiro-ministro seja eleito pelo parlamento e não nomeado pelo rei, como ocorre atualmente. A promessa de mudança no sistema de escolha do primeiro-ministro já foi feita por Abdullah.
A manifestação desta sexta está prevista para ocorrer na capital Amã. Os protestos por reformas na Jordânia têm sido mais pacíficos do que em outros países da região. Mas há um temor em relação à segurança nesta sexta, uma vez que grupos pró-governo também planejam ir às ruas.
(Com Agência France-Presse e EFE)