Rebelião em presídio boliviano deixa trinta mortos

Outras sessenta pessoas ficaram feridas após briga entre gangues rivais

Por Da Redação
24 ago 2013, 05h07

Socorristas atendem ferido após motim em prisão da Bolívia (AFP/VEJA)

Pelo menos trinta pessoas morreram, entre elas uma criança de um ano e meio, e outras sessenta ficaram feridas durante um motim ocorrido nesta sexta-feira na penitenciária de Palmasola, no leste da Bolívia. Muitas das vítimas morreram queimadas e 38 feridos estão em estado grave. Testemunhas disseram que os detentos usaram tanques de gás propano como lança-chamas no confronto.

A rebelião aconteceu por causa de uma disputa interna de poder entre facções criminosas. A representante local da Assembleia Permanente, Maria Inez Galvez, contou que uma das gangues que luta pelo controle da prisão teria atacado um grupo rival que se recusou a pagar propinas extorsivas para eles. Além dos lança-chamas improvisados, os detentos também usaram facões e pedaços de madeira no ataque.

A criança morta seria um das dezenas que vivem na penitenciária de Palmasola com seus pais, uma prática permissiva aceita nas prisões da Bolívia quando os menores não têm outros familiares que os acolham.

O presidente Evo Morales demonstrou “consternação” pelas mortes em comunicado divulgado pela agência estatal de notícias ABI, e disse que ordenou uma investigação total do ocorrido. Autoridades informaram que retomaram o controle da prisão após quatro horas de conflito, e o diretor da prisão, Alberto Aracena, disse que cerca de 250 detentos foram evacuados.

(Com Estadão Conteúdo e agência EFE)