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Rebeldes sírios dizem que regime violou cessar-fogo

População aproveita diminuição da violência para sair às ruas e protestar

Por Da Redação
12 abr 2012, 07h01

O opositor Exército Livre Sírio (ELS) disse nesta quinta-feira que o regime de Damasco ‘está enganando’ a comunidade internacional, já que teria dado continuidade aos ataques mesmo após o cessar-fogo ter entrado em vigor nesta manhã. A trégua entrou em vigor na Síria às 6h locais (0h de Brasília), de acordo com o plano de paz do enviado especial da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan.

Entenda o caso

  1. • Na onda da Primavera Árabe, que teve início na Tunísia, sírios saíram às ruas em 15 de março para protestar contra o regime de Bashar Assad, no poder há 11 anos.
  2. • Desde então, os rebeldes sofrem violenta repressão pelas forças de segurança, que já mataram mais de 9.400 pessoas no país.
  3. • A ONU alerta que a situação humanitária é crítica e investiga denúncias de crimes contra a humanidade por parte do regime.

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O ‘número dois’ do ELS, Malek Kurdi, denunciou que, desde a primeira hora desta quinta, o regime bombardeou o bairro de Harabis, em Homs, enquanto em Idlib as forças governamentais abriram fogo a partir de um posto de controle em seus arredores e, em Aleppo, dispararam na entrada oriental da cidade. Kurdi acrescentou que as tropas do regime também dispararam em Latakia, junto à costa mediterrânea, ‘para aterrorizar os cidadãos’.

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“Dizemos ao senhor Kofi Annan, à ONU e ao Conselho de Segurança que o regime está enganando a comunidade internacional”, afirmou Kurdi, para quem chegou o momento de adotar ‘uma iniciativa séria sobre esse regime que seguirá com a violência porque não conhece a linguagem da lei e do diálogo’. Além disso, o braço direito do ELS destacou que Damasco não retirou suas tropas do interior das cidades — pelo contrário, enviou reforços.

Protestos – Enquanto isso, os sírios começaram a sair às ruas em diferentes pontos do país, atendendo ao chamado da oposição para que se manifestem pacificamente após o início do cessar-fogo nesta manhã. O porta-voz da rede de ativistas opositores Comitês de Coordenação Local, Hozam Ibrahim, também membro do Conselho Nacional Sírio (CNS), explicou que os protestos começaram nas universidades das províncias de Deraa (sul) e Deir al Zor (leste).

O ativista Mujahid al Daguim, residente em uma cidade na província de Idlib, ao norte, disse que a manifestação em Deir al Zor acabou sem incidentes. Porém, o ativista confirmou a informação dada por Kurdi de que, na cidade de Idlib, capital da província, houve duas explosões e disparos intensos a partir de um posto de controle perto do Hospital nacional.

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Os Comitês também informaram da violação ao cessar-fogo no reduto opositor de Homs (centro), onde há franco-atiradores nos bairros no centro antigo. Em Aleppo, no norte, ocorreu outra manifestação, revelou o líder estudantil Jawad al-Khatib. Um vídeo desse protesto mostrado por Khatib mostra dezenas de estudantes compondo a palavra ‘S.O.S’ com os próprios corpos em um jardim.

Conflitos – Em uma amostra de que o cessar-fogo não vai durar muito tempo, Kurdi disse que seus homens acompanharão os protestos para ‘proteger o povo’. Após ignorar o prazo para retirada das tropas na terça-feira, Damasco anunciou na quarta que as operações militares seriam finalizadas hoje, mas alertou que suas tropas se manteriam em alerta para defender-se de eventuais ataques de elementos armados.

(Com agência EFE)

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