Raúl Castro pede fim do embargo e se irrita com pergunta sobre presos políticos
Após encontro com o ditador cubano, o presidente americano Barack Obama ressaltou que o destino de Cuba será decidido somente pelos cubanos, e não por outros países
Por Da Redação
21 mar 2016, 12h26
Veja.com Veja.com/VEJA.com/VEJA.com
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1/38 Presidente americano Barack Obama, em encontro com empresários em Havana, na tarde desta segunda-feira (21). Este é o terceiro dia de visitas de Obama à Cuba (Nicholas Kamm/AFP)
2/38 Presidente americano Barack Obama, a primeira-dama Michelle Obama, e o cubano Raúl Castro, assistem a uma partida de baseball, no Estadio Latinoamericano, na capital Havana, em Cuba, nesta terça-feira (22) (Jonathan Ernst/Reuters)
3/38 Presidente americano Barack Obama, em encontro com empresários em Havana, na tarde desta segunda-feira (21). Este é o terceiro dia de visitas de Obama à Cuba (Carlos Barria/Reuters)
4/38 Presidente americano Barack Obama, e o cubano Raúl Castro, durante coletiva de imprensa, na capital de Cuba, Havana, nesta segunda-feira (21). Este é o terceiro dia da visita histórica do presidente dos Estados Unidos à ilha (Carlos Barria/Reuters)
5/38 Presidente americano Barack Obama, em encontro com empresários em Havana, na tarde desta segunda-feira (21). Este é o terceiro dia de visitas de Obama à Cuba (Carlos Barria/Reuters)
6/38 O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, durante coletiva de imprensa, na capital de Cuba, Havana, na tarde desta segunda-feira (21). Este é o terceiro dia de visita do americano à ilha (Carlos Barria/Reuters)
7/38 O presidente americano Barack Obama, e o cubano Raúl Castro, após entrevista coletiva realizada na capital de Cuba, Havana, na tarde desta segunda-feira (21). Este é o terceiro dia de visitas de Obama à ilha (Carlos Barria/Reuters)
8/38 Casal assiste à conferência em que o Presidente dos Estados Unidos Barack Obama e o cubano Raul Castro discursaram, em Havana, na tarde da última segunda-feira (21) (Stringer/Reuters)
9/38 O ditador cubano Raúl Castro, durante entrevista coletiva na capital de Cuba, Havana, na tarde desta segunda-feira (21) (Nicholas Kamm/AFP)
10/38 Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, realiza visita histórica à Cuba (Ivan Alvarado/Reuters)
11/38 Obama durante cerimônia em Cuba, em 21/03/2016 (Ivan Alvarado/Reuters)
12/38 Obama durante cerimônia em Cuba, em 21/03/2016 (Ivan Alvarado/Reuters)
13/38 Obama durante encontro com Raúl Castro em Cuba, em 21/03/2016 (Carlos Barria/Reuters)
14/38 Presidente americano Barack Obama, e o ditador cubano Raúl Castro, na capital de Cuba, Havana, nesta segunda-feira (21). Este é o terceiro dia da visita histórica do presidente dos Estados Unidos à ilha (Jonathan Ernst/Reuters)
15/38 Obama durante encontro com Raúl Castro em Cuba, em 21/03/2016 (Carlos Barria/Reuters)
16/38 Obama durante encontro com Raúl Castro em Cuba (Jonathan Ernst/Reuters)
17/38 O presidente dos Estados Unidos Barack Obama chegou na tarde deste domingo (20) a Cuba, acompanhado da primeira-dama Michelle Obama e das filhas Malia e Sasha, em uma viagem de três dias a ilha (VEJA.com/Reuters)
18/38 Sob chuva, presidente americano Barack Obama desembarca na ilha e faz tour por Havana Velha (VEJA.com/Reuters)
19/38 O presidente americano Barack Obama desembarca na ilha e faz tour por Havana Velha (VEJA.com/Reuters)
20/38 Sob chuva, presidente americano Barack Obama desembarca na ilha e faz tour por Havana Velha (VEJA.com/Reuters)
21/38 O presidente americano Barack Obama desembarca na ilha e faz tour por Havana Velha (VEJA.com/Reuters)
22/38 Sob chuva, presidente americano Barack Obama desembarca na ilha e faz tour por Havana Velha (VEJA.com/Reuters)
23/38 O presidente dos Estados Unidos Barack Obama chegou na tarde deste domingo (20) a Cuba, acompanhado da primeira-dama Michelle Obama e das filhas Malia e Sasha, em uma viagem de três dias a ilha (VEJA.com/Reuters)
24/38 O presidente dos Estados Unidos Barack Obama chegou na tarde deste domingo (20) a Cuba, acompanhado da primeira-dama Michelle Obama e das filhas Malia e Sasha, em uma viagem de três dias a ilha (VEJA.com/Reuters)
25/38 O presidente dos Estados Unidos Barack Obama chegou na tarde deste domingo (20) a Cuba, acompanhado da primeira-dama Michelle Obama e das filhas Malia e Sasha, em uma viagem de três dias a ilha (VEJA.com/Reuters)
26/38 O presidente dos Estados Unidos Barack Obama chegou na tarde deste domingo (20) a Cuba, acompanhado da primeira-dama Michelle Obama e das filhas Malia e Sasha, em uma viagem de três dias a ilha (VEJA.com/Reuters)
27/38 O presidente Barack Obama chega a Cuba em visita história (Carlos Barria/Reuters)
28/38 O presidente Barack Obama chega a Cuba em visita história (Carlos Barria/Reuters)
29/38 O presidente Barack Obama chega a Cuba em visita história (Carlos Barria/Reuters)
30/38 Cubanos aguardam a chegada do presidente americano Barack Obama em Havana, neste domingo (20) (Ueslei Marcelino/Reuters)
31/38 O presidente Barack Obama partiu dos Estados Unidos neste domingo (20) para a história visita a Cuba (Carlos Barria/Reuters)
32/38 Opositores e ativistas das Damas de Branco que protestavam contra o governo foram detidos, neste domingo (20) (Ueslei Marcelino/Reuters)
33/38 Opositores e ativistas das Damas de Branco que protestavam contra o governo de Cuba foram detidos, neste domingo (20) (Ueslei Marcelino/Reuters)
34/38 Opositores e ativistas das Damas de Branco que protestavam contra o governo foram detidos, neste domingo (20) (VEJA.com/AFP)
35/38 Opositores e ativistas das Damas de Branco que protestavam contra o governo foram detidos, neste domingo (20) (Ueslei Marcelino/Reuters)
36/38 Turistas passam por imagem do Presidente americano Barack Obama e o Presidente cubano Raul Castro, com os dizerem "Bem-vindo a Cuba" (Alexandre Meneghini/Reuters)
37/38 Presidentes Barack Obama e Raul Castro vão a jogo de baseball, em Havana, Cuba, nesta tarde (22) (Pablo Martinez/Reuters)
38/38 Obama faz discurso junto aos dissidentes cubanos Miriam Celaya e Manuel Cuesta, nesta tarde de terça-feira (22) (Carlos Barria/Reuters)
(Atualizado às 16h05)
O ditador de Cuba, Raúl Castro, se irritou com uma pergunta sobre a existência de presos políticos no país. “Dê-me uma lista com nomes de presos políticos que eu os soltarei antes que caia a noite”, disse na entrevista coletiva após a reunião privada com o presidente americano Barack Obama, nesta segunda-feira, em Havana. Em uma declaração conjunta à imprensa, Raúl Castro destacou a disposição de seu governo em continuar a avançar na normalização das relações com os Estados Unidos, mas pediu novamente o fim do embargo americano ao seu país, o que, segundo ele, continua sendo o maior obstáculo à total retomada das relações entre Cuba e EUA. “Muito mais poderia ser feito se o embargo americano fosse levantado”, disse Raúl. O presidente cubano também pediu aos EUA que devolvam a Cuba “o território ilegalmente ocupado pela base de Guantánamo”.
Obama ressaltou que o destino de Cuba será decidido somente pelos cubanos, e não por outros países. “O futuro de Cuba tem que ser decidido pelos cubanos, e não por ninguém mais”, declarou. Em resposta ao pedido do fim do embargo, o presidente americano afirmou que vem tentando convencer o Congresso a suspendê-lo, mas pede também ao governo cubano que alivie as restrições à instalação de empresas e novos negócios no país.
O ditador cubano recebeu Obama no Palácio da Revolução, em Havana, onde aconteceu o encontro bilateral, o terceiro desde o anúncio do degelo entre ambos os países e o primeiro realizado na ilha. Dentro da sede do governo cubano, Raúl Castro cumprimentou o chefe de Estado americano com um aperto de mãos. Depois, eles posaram sorridentes diante das lentes dos fotógrafos que registram o histórico encontro. Pouco antes de se encontrar com Raúl, Obama declarou que acredita que haverá “uma mudança em Cuba”, embora tenha reconhecido que não ocorrerá “da noite para o dia”. Obama chegou neste domingo à ilha comunista acompanhado de sua família e se tornou o primeiro presidente dos Estados Unidos em 88 anos a pisar em território cubano.
“Ainda temos divergências significativas sobre direitos humanos e liberdades individuais em Cuba. Acreditamos que agora podemos potencializar nossa capacidade para promover mais mudanças”, acrescentou o chefe de Estado americano. Obama também admitiu que “não há dúvida de que o governo cubano continua sendo um Estado de partido único que exerce o controle e reprime a dissidência”. Com sua visita, o presidente americano quer selar o restabelecimento de relações entre os dois países, alcançado em 2015.
Discurso – Obama defenderá a liberdade de expressão, assim como o direito de praticar a própria fé, em seu aguardado discurso televisionado desta terça-feira em Havana. “Vou afirmar que nós pensamos que os valores nos quais acreditamos são universais”, adiantou o líder hoje. Em entrevista à rede americana ABC News, ele disse que manterá o mesmo tom usado durante todo o processo. “Sentimos que vir aqui agora maximizará nossa habilidade para impulsionar mais mudanças, particularmente porque a visita foi bem recebida pelos cubanos, com enorme popularidade”, sustentou.
Ontem, horas antes da chegada de Obama, o grupo feminino 50 Damas de Branco e outros opositores, como o grafiteiro “El Sexto”, foram detidos em Havana após uma manifestação que foi respondida com a presença ostensiva de policiais e partidários do regime. O grupo dissidente, composto de mães e esposas de presos políticos, realiza suas marchas pacíficas para reivindicar respeito aos direitos humanos na ilha.
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