Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Quatro mortos em atentado contra turistas israelenses na Bulgária

Por Da Redação
18 jul 2012, 16h17

Ao menos quatro pessoas foram mortas e mais de trinta ficaram feridas em um atentado contra turistas israelenses no aeroporto búlgaro de Burgas, às margens do Mar Negro, nesta quarta-feira.

O Ministério búlgaro do Interior havia indicado a morte de três pessoas e mais de vinte feridos, mas, pouco tempo depois, o prefeito da cidade de Burgas, Dimitar Nikolov, anunciou a morte de uma quarta pessoa e o número de 33 feridos.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou oficialmente a República Islâmica do Irã. “Todos os sinais conduzem ao Irã”, declarou Netanyahu em um comunicado.

Este atentado na Bulgária coincide com o 18º aniversário do ataque em 1994 contra a Associação Mutual Israelita argentina (Amia), em Buenos Aires, que deixou 85 mortos e 300 feridos. Na ocasião, Israel também culpou o Irã.

Os Estados Unidos condenaram o ataque “contra pessoas inocentes, sobretudo, crianças, nos termos mais fortes”, declarou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.

O porta-voz acrescentou que o presidente americano, Barack Obama, inclui as vítimas em suas orações.

A chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, declarou em um comunicado que havia ficado “horrorizada com este ataque e muito chocada com as imagens vindas de Burgas”. “Os responsáveis devem ser presos e condenados”, acrescentou.

Continua após a publicidade

Vários comissários europeus também denunciaram o atentado em mensagens postadas no twitter.

A comissária responsável pela ajuda Humanitária, a búlgara Kristalina Georgieva, disse ter ficado “chocada e horrorizada com o anúncio da explosão em Burgas”.

Já Cécilia Malmström, responsável pela Segurança e Relações Internas, expressou a sua tristeza e enviou suas condolências às famílias das vítimas.

O número de vítimas pode ser ainda mais elevado, segundo informações da rádio pública BNR, que indica um possível atentado suicida. Essa hipótese foi sustentada à Rádio do Exército israelense pelo testemunho do sobrevivente Aviva Malka: “Eu acho que foi um atentado suicida. Nós estávamos sentados no ônibus quando, segundos depois, houve uma explosão. Conseguimos sair do ônibus através de um buraco. Corremos para o terminal do aeroporto. Vi muitos mortos e feridos”.

A agência de notícias BGNES indicou um registro de pelo menos “sete mortes”, citando fontes oficiais. Já o prefeito de Burgas, acrescentou que entre as vítimas havia “duas mulheres grávidas, além do motorista do ônibus”.

As vítimas, que chegaram a bordo de um avião fretado que havia aterrissado pouco antes das 14h00 GMT (11h00 de Brasília), estavam em um ônibus que os levaria para o aeroporto de Burgas, informou o Ministério do Interior. O número de passageiros a bordo do avião oscila, de acordo com a fonte, entre 51, incluindo um americano e um esloveno, e 150.

Continua após a publicidade

Segundo informações da rádio pública BNR e da rede de televisão privada bTV, três ônibus foram atingidos. Um deles teria explodido e os outros dois, pegado fogo.

O prefeito visitou o local, enquanto o aeroporto de Burgas foi fechado para o tráfego aéreo, que foi desviado para o aeroporto de Varna. O ministro búlgaro das Relações Exteriores, Nikolai Mladenov, e o embaixador de Israel na Bulgária, Shaul Kamisa-Raz, estão a caminho de Burgas.

Esta é a primeira vez que um ataque anti-israelense acontece na Bulgária.

Contudo, Danny Shenar, chefe do serviço de segurança no Ministério israelense dos Transportes, revelou no início do ano uma tentativa de atentado a bomba contra turistas israelenses em 3 de janeiro na Bulgária: um artefato explosivo foi descoberto depois de ter sido escondido em um ônibus que transportaria turistas israelenses da fronteira com a Turquia para uma estação de esqui búlgara. Mas as autoridades do país desmentiram essa informação em seguida.

Nos últimos anos, a região búlgara às margens do Mar Negro tornou-se um ponto turístico popular entre israelenses. Os dois países mantêm excelentes relações. Durante a Segunda Guerra Mundial, a Bulgária foi o único aliado da Alemanha a ter salvado judeus dos campos de concentração nazistas, o que é lembrado regularmente durante contatos bilaterais com Israel.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.