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Quase metade da água potável dos EUA contém produtos químicos tóxicos

Estudo conduzido pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos encontrou substâncias "eternas" nas águas de torneira de mais de 700 locais

Por Da Redação
7 jul 2023, 16h16

Um novo estudo conduzido pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) revelou que quase metade das amostras de água encanada nos Estados Unidos contém produtos químicos “eternos” e tóxicos. As substâncias encontradas nos exemplares são usadas em utensílios domésticos como produtos de limpeza ou em caixas de pizzas. Segundo o estudo, a ampla exposição a estes elementos químicos pode acarretar sérios riscos à saúde.

Para realizar o estudo, o instituto testou a amostra de água da torneira de mais de 700 residências, empresas e estações de tratamento de água potável em todo o país para tentar encontrar a presença de perfluoroalquil ou polifluoroalquil, substâncias conhecidas como PFAS. Os dois compostos são resistentes à água, o que significa que não se decompõem no meio ambiente e podem durar anos no corpo humano. 

Os PFAS foram desenvolvidos na década de 1940 após a criação do Teflon, um revestimento que garante antiaderência nas panelas, mas hoje é utilizado em produtos variados, incluindo roupas e plásticos. Em pesquisas anteriores, o instituto científico dos EUA mediu os compostos em águas subterrâneas, reservatórios e estações de tratamento de água. Porém, de acordo com a hidrologista do USGS que liderou o estudo, Kelly Smalling, analisar a água da torneira permite uma avaliação mais precisa do que as pessoas estão ingerindo, já que o consumo direto é comum no país. 

Ser exposto a altos níveis de PFAS pode causar diversos danos à saúde. Segundo o Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA,  o grupo de compostos químicos pode interromper a produção de hormônios, perturbar a função hepática, aumentar o risco de câncer renal ou testicular, e até reduzir peso de recém nascidos. 

Existem 12 mil tipos conhecidos de PFAS, porém, as amostras dos estudos provenientes de abastecimento público e poços privados, realizadas entre 2016 e 2021, foram testadas para somente 32 tipos. Para a surpresa de Smalling, não foi possível relatar diferença na exposição aos PFAS entre as amostras de poços privados e do abastecimento público. 

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Atualmente, o órgão regulador do abastecimento público de água é  Agência de Proteção Ambiental, diferente dos poços privados que não são regulados por nenhuma agência americana. Em comparação com as pessoas nas áreas rurais, as pessoas nas áreas urbanas correm maior risco de exposição ao PFAS na água potável, mostrou o estudo.

Em março, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos propôs o primeiro padrão nacional de água potável para seis PFAS. A medida iria exigir o  monitoramento dos sistemas públicos de água e divulgação quando os níveis de PFAS excederem os limites.

Como parte da Lei de Infraestrutura Bipartidária do governo do presidente americano, Joe Biden, ao todo, quase US$ 10 bilhões foram direcionados para ajudar as comunidades a reduzir o PFAS e outros contaminantes químicos.

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