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Quantos russos morreram na Ucrânia? Os dados que Moscou tenta esconder

Junto a cientistas de dados da universidade alemã de Tübingen, veículos midiáticos russos fizeram primeira análise estatística independente

Por Da Redação
Atualizado em 10 jul 2023, 11h36 - Publicado em 10 jul 2023, 11h32

Dois grupos midiáticos independentes russos, Mediazone e Meduza, junto a cientistas de dados da universidade alemã de Tübingen, usaram dados do governo da Rússia para colocar luz sobre um dos segredos mais guardados de Moscou: o custo humano da invasão à Ucrânia, iniciada em fevereiro do ano passado. De acordo com a primeira análise estatística independente, publicada nesta segunda-feira, 10, quase 50.000 homens russos morreram no conflito.

Para chegar ao número, os cientistas de dados se valeram de um conceito chamado “excesso de mortalidade”, popularizado durante a pandemia de Covid-19. A partir de registros de heranças e dados oficiais de mortalidade, os especialistas então estimaram quantos homens com menos de 50 anos morreram entre fevereiro de 2022 e maio de 2023, comparando ao número “normal” de mortes”.

“Pelos nossos cálculos, no final de maio de 2023, cerca de 47.000 homens russos com menos de 50 anos morreram na guerra. Para sermos absolutamente precisos, podemos afirmar com 95% de probabilidade que o verdadeiro número de baixas cai entre 40.000 e 55.000”, diz a análise.

+ Putin se reuniu com líder do grupo Wagner dias após motim, diz Moscou

Nem Moscou nem Kiev fornecem dados sobre perdas nos campos de batalha e os dois lados tendem a exagerar baixas do lado oposto. Publicamente, a Rússia reconhece apenas 6.000 mortes entre seus soldados.

Segundo análise do Ministério da Defesa do Reino Unido, publicada em fevereiro, aproximadamente 40.000 a 60.000 russos provavelmente foram mortos na guerra. Uma avaliação vazada da Agência de Inteligência de Defesa dos EUA colocou o número de russos mortos em ação no primeiro ano da guerra em 35.000 a 43.000.

+ Ex-presidente russo anuncia contratação de 185 mil soldados

Na semana passada, o ex-presidente russo Dmitry Medvedev  ter contratado 185 mil novos soldados para se juntarem ao Exército russo desde o início do ano. O recrutamento é uma nova tentativa de Moscou para reerguer as forças militares enfraquecidas pela contraofensiva ucraniana.

Em 2022, o governo russo anunciou um plano para aumentar o tamanho de seu Exército em 30%, o que resultaria em um 1,5 milhão de combatentes.

Pelas ruas de diferentes cidades russas é possível encontrar cartazes espalhados que encorajam as pessoas a se alistarem. A televisão russa frequentemente transmite vários anúncios com o mesmo objetivo.

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