A Coreia do Norte disse nesta sexta-feira que pode testar uma bomba de hidrogênio sobre o oceano Pacífico, depois que o presidente americano, Donald Trump, ameaçou “destruir totalmente” o recluso país. O líder norte-coreano, Kim Jong-un, prometeu fazer com que Trump pague caro por suas ameaças, mas não especificou qual ação tomaria.
A escalada retórica na tensão entre os dois líderes continua a aumentar. Depois de ser chamado de “mentalmente perturbado” pelo ditador norte-coreano, Trump devolveu a ofensa e classificou Kim como “maluco” em uma mensagem postada nesta manhã no Twitter. “Kim Jong-un da Coreia do Norte, que, obviamente, é um maluco que não se importa de fazer seu povo morrer de fome ou matá-lo, será testado como nunca antes!”, ameaçou Trump.
A troca de farpas acontece em meio a um novo decreto assinado na quarta-feira por Trump, que amplia as sanções contra a Coreia do Norte. A medida, que faz parte dos esforços para convencer o regime de Pyongyang a desistir de seus programas de armas nucleares é direcionada aos setores têxtil, de pesca, de tecnologia de informação e o de manufaturas.
Bomba H
Em resposta às ameaças militares de Washington, o ministro de relações exteriores de Pyongyang, Ri Yong Ho, reforçou o tom bélico de seu governo de declarou que a Coreia do Norte considera testar uma bomba de hidrogênio no Pacífico. “Possivelmente, esse será o teste mais potente de uma bomba de hidrogênio sobre o país”, disse o diplomata coreano a jornalistas em Nova York.
O ministro de Defesa do Japão, Itsunori Odonera, reagiu ao anúncio e disse que seu país deve se preparar para a escalada das tensões. “Não podemos negar a possibilidade de que [o projétil] sobrevoe nosso país”, alertou. Em semanas recentes, dois mísseis norte-coreanos sobrevoaram o território japonês, o que motivou o anúncio de um novo sistema antimísseis no país.
Desde o início de 2017, o regime de Kim Jong-un disparou 22 mísseis. No dia 3 de setembro, pela primeira vez a Coreia do Norte testou uma bomba de hidrogênio com sucesso.