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Putin visita Crimeia no Dia da Vitória na II Guerra

Mesmo com pedido da Alemanha para o presidente russo não ir à região anexada, Putin está na Crimeia e participa de celebrações militares

Por Da Redação
9 Maio 2014, 08h58

Após o tradicional desfile militar e discurso em Moscou pela comemoração da vitória na II Guerra Mundial, o presidente russo Vladimir Putin viajou nesta sexta-feira à Crimeia para celebrar a data no território recém-anexado. Putin elogiou a “força triunfal do patriotismo russo” no desfile que comemora a vitória de 1945 sobre a Alemanha nazista, considerada uma demonstração de poder em plena crise com a Ucrânia. “A força triunfal do patriotismo russo sai vitoriosa nesta celebração, na qual todos sentimos de maneira especial o que significa ser fiel à pátria e como é importante poder defender seus interesses”, afirmou Putin em um discurso na Praça Vermelha de Moscou para as tropas e os veteranos da II Guerra Mundial. Enquanto Putin celebra, em Mariupol, no sudeste da Ucrânia, combates entre o Exército ucraniano e separatistas deixaram “vários mortos”, reportam os veículos de imprensa locais.

De acordo com a imprensa russa, esta é a primeira viagem de Putin ao território antes ucraniano e que foi anexado pela Rússia no dia 21 de março, ato condenado por Kiev e pelo Ocidente. O presidente russo irá a Sebastopol para participar nas cerimônias militares que recordam a libertação da localidade dos nazistas há setenta anos. O governo da Alemanha desaconselhou a viagem por considerar uma provocação desnecessária em um momento em que a região já vive um clima de tensão, mas Moscou ignorou e seguiu com sua programação.

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A Rússia comemora todos os anos a vitória dos aliados em 9 de maio, um dia depois das cerimônias nos países ocidentais. O regime nazista assinou a rendição no fim da noite de 8 de maio, quando em Moscou já era 9 de maio em consequência do fuso horário. “A vontade de ferro do povo soviético, sua coragem e sua firmeza salvaram a Europa da escravidão”, disse Putin. O tradicional desfile militar, no qual Moscou exibe sua grande capacidade militar, acontece em plena crise com a Ucrânia, que se intensificou após a anexação da península ucraniana da Crimeia à Rússia. (Continue lendo o texto)

‘Vários mortos’ – Os combates na cidade portuária de Mariupol, no sudeste da Ucrânia, deixaram vários mortos e feridos nesta sexta-feira, informa a imprensa ucraniana. Segundo o portal de notícias ucraniano Insider, oito militantes pró-Moscou foram mortos. A agência russa Interfax informou que as tropas ucranianas utilizaram armas de grande calibre quando tentavam desocupar um prédio do governo na cidade. Membros da equipe do canal britânico ITV News observaram colunas de fumaça e armas pesadas na cidade, informou o cinegrafista Daniel Demoustier no Twitter. “Franco-atiradores por todos os lados. Armas pesadas. Um homem foi atingido ao meu lado”, escreveu Demoustier. No centro de Mariupol, o exército ucraniano mobilizou blindados.

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Sem comemoração – Na Ucrânia, as autoridades interinas de Kiev não organizaram nenhum desfile militar durante a tradicional celebração da vitória contra a Alemanha nazista pelo temor de eventuais “provocações” dos ativistas pró-Rússia. O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, considerou um prelúdio das provocações a proposta de Putin aos rebeldes pró-Moscou do leste do país de adiar os referendos de independência, convocados para domingo. Apesar do apelo de Putin, os separatistas decidiram manter para o dia 11 as consultas nas regiões de Donetsk e Lugansk, que Kiev não reconhece e chamam de “referendos terroristas”.

A União Europeia (UE) reagiu e afirmou que a celebração do referendo no leste da Ucrânia “não terá nenhuma legitimidade democrática e agravará ainda mais a situação”. O cenário conciliador apresentado por Putin na quarta-feira rapidamente virou fumaça. O presidente russo previa a paralisação da operação militar ucraniana no sudeste do país em troca do adiamento dos referendos. Antes mesmo de tomar conhecimento da decisão dos separatistas, o governo ucraniano havia anunciado o prosseguimento da “operação antiterrorista”.

As autoridades ucranianas organizam desde 2 de maio uma operação militar para retomar o controle na região leste, o que provocou dezenas de mortes. Em Slaviansk, reduto pró-Rússia, foram registrados tiros e explosões durante a madrugada. Em Kiev, a torre de televisão ficou sem energia elétrica, após um incêndio nos cabos, um incidente considerado suspeito pelo governo ucraniano.

Dia D – Moscou também já confirmou a presença de Putin em 6 de junho na celebração dos setenta anos do desembarque aliado na Normandia, na França. A cerimônia também terá a presença dos principais chefes de Estados europeus e do presidente americano Barack Obama. A data é conhecida como o “Dia D” por sua importância estratégica no fim dos conflitos na Europa.

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(Com agências Reuters e France-Presse)

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