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Kiev confirma 14 militares mortos e 66 feridos durante ofensiva no leste

Entre os separatistas, não há número de baixas oficial, mas insurgentes falam em 'dezenas de mortos', inclusive com vítimas civis entre eles

Por Da Redação
7 Maio 2014, 11h33

As forças governamentais sofreram catorze baixas em sua ofensiva contra as fortificações insurgentes pró-Rússia no leste do país, informou nesta quarta-feira o Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU, na sigla em ucraniano). Além disso, outros 66 militares ficaram feridos, a maioria em combates nos redutos russófonos de Slaviansk e Kramatorsk, na região mineradora da província de Donetsk. A operação começou em meados de abril e teve várias pausas durante as tradicionais festas de maio.

Até agora, o ministro do Interior, Arsen Avakov, tinha confirmado a morte de quatro militares e que quatro helicópteros tinham sido derrubados. Em relação aos milicianos, as autoridades elevam as baixas em suas fileiras para “mais de 30”, enquanto os insurgentes falam de dezenas de mortos tanto entre os rebeldes como entre a população civil.

Também nesta quarta, as forças de segurança ucranianas capturaram o ministro da Defesa da autoproclamada ‘república popular de Donetsk’, Igor Kakidzianov, durante um tiroteio com milicianos pró-Rússia. Em Andriivka, os rebeldes voltaram a atacar torre de televisão sob o controle do exército ucraniano. A torre é um ponto estratégico na região, pois é responsável pela transmissão televisiva para as cidades de Slaviansk e Kramatorsk.

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No sul do país, na região do Mar Negro, as milícias pró-Rússia retomaram o controle da prefeitura da cidade de Mariupol, de onde tinham sido expulsos há pouco tempo pelas forças ucranianas. Com a escalada dos conflitos e da violência, a Ucrânia, segundo analistas, caminha para uma guerra civil. Preocupado com essa possibilidade, o presidente interino da Ucrânia, Olexander Turchinov, declarou nesta terça a mobilização parcial das tropas e nomeou como novo chefe do Exército o general Anatoli Pushniakov, um veterano na guerra do Afeganistão com o exército soviético. (Continue lendo o texto)

Crimeia – O líder dos tártaros da Crimeia, Mustafa Djemilev, denunciou “o retorno aos piores dias da URSS” com a incorporação da península à Rússia, e falou sobre o risco de um conflito sangrento provocado pela hostilidade de Moscou contra a minoria muçulmana. Djemilev, nascido há 70 anos na Crimeia, tinha apenas um ano quando sua família foi deportada, junto com dezenas de milhares de tártaros, ao Uzbequistão, por ordem de Stalin. O líder tártaro dedicou sua vida a defender o direito de seu povo de viver na terra de suas origens. Sua militância lhe custou 15 anos de prisão por “atividades antissoviéticas”.

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“O comportamento atual dos russos é inadequado. Estamos voltando à era soviética. Não é como no stalinismo, mas estamos longe das conquistas da perestroika”, que autorizou os tártaros a retornar à península, explicou Djemilev em Kiev, onde atua como deputado. Djemilev se reuniu com o presidente russo, Vladimir Putin, antes do referendo separatista de 16 de março na Crimeia, que propiciou uma rápida incorporação à Federação russa. A consulta foi boicotada pelos tártaros, que representam 12% da população. “Putin prometeu a mim que a Rússia faria pelos tártaros mais que a Ucrânia em 23 anos de independência”, conta Djemilev.

No entanto, explica o líder tártaro, “nós não leiloamos nossa pátria. Nosso futuro está em uma Ucrânia independente e democrática”. De acordo com o deputado, a situação está se complicando cada vez mais para os tártaros, que, segundo ele, foram agredidos recentemente por “cossacos bêbados”. Djemilev também acredita que a Rússia fará todo o possível para que os tártaros deixem a Crimeia com seus próprios pés. “Eliminaram as elites, expropriaram as terras e humilharam nossos sentimentos religiosos. Obrigaram os tártaros a sair. O resultado é que existem entre 10 e 15 vezes mais tártaros crimeanos na Turquia que na Crimeia”.

(Com agências Reuters e EFE)

Entenda a situação dos conflitos nas cidades ao leste da Ucrânia:

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