Moscou, 8 fev (EFE).- O primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, pediu ao Governo e à oposição na Síria nesta quarta-feira que limitem o uso das armas e se mostrou contra uma intervenção estrangeira no conflito desse país.
‘Devemos ajudar, assessorar na hora de limitar alguns pontos, como por exemplo, que as partes não tenham a possibilidade de usar armas’, afirmou Putin durante uma reunião de líderes religiosos russos, além de enfatizar: ‘mas, em nenhum caso, interferir’ nos assuntos da Síria.
‘Condenamos qualquer tipo de violência, independentemente de quem for, mas não se pode agir de modo inconsequente. É preciso deixar as pessoas decidirem seu próprio futuro’, disse, entrevistado pelas agências russas.
Putin citou a situação na Líbia e destacou que ‘hoje ninguém fala do que está acontecendo em Sirte e outras cidades que apoiaram seu ex-líder (Muammar) Kadafi’.
O primeiro-ministro russo acrescentou que os ‘terríveis crimes’ que agora estão sendo cometidos na Líbia são resultado de uma ‘intervenção militar’ estrangeira.
A Rússia advertiu nesta quarta que a comunidade internacional não deve determinar a solução do conflito sírio e criticou os países que retiraram seus embaixadores de Damasco.
O Conselho de Segurança da ONU abordou em três ocasiões a situação da Síria como tentativa de frear a violência nesse país, mas não conseguiu adotar medidas concretas pelo veto da Rússia e da China. EFE