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Putin diz que a Rússia pode retomar testes com armas nucleares

Moscou afirma que potente projétil 'Burevestnik', capaz de percorrer milhares de quilômetros e lançar ogivas, está pronto para uso

Por Da Redação
5 out 2023, 18h00

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, informou nesta quinta-feira, 5, que o país testou com sucesso um inédito míssil estratégico, capaz de transportar ogivas nucleares. O potente projétil “Burevestnik” pode percorrer milhares de quilômetros, e o chefe do Kremlin não descartou a possibilidade de aferir as capacidades atômicas do dispositivo, ameaçando realizar as primeiras explosões nucleares em mais de três décadas.

Em coletiva de imprensa, Putin disse que o parlamento russo, a Duna, pode revogar a participação no Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBT), assinado por 186 países desde 1996 e ratificado por 176. Caso a medida seja concretizada, o país poderá explorar seu potencial nuclear pela primeira vez desde 1990, quando os últimos experimentos foram realizados, um ano antes da queda da União Soviética.

“Os cientistas dizem que novas armas precisam ter suas ogivas testadas. Eu não sei dizer agora se os testes são necessários, mas diria que podemos revogar a ratificação [do CTBT]“, disse Putin, acrescentando que os Estados Unidos nunca ratificaram o pacto.

+ Rússia diz que pode usar armas nucleares em caso de vitória de Kiev

Além disso, o presidente anunciou que a Rússia está as vésperas de concluir a fabricação do sistema de mísseis balísticos intercontinentais Sarmat. Assim como o Burevestnik, ele faz parte da nova geração de armas nucleares do país.

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Desde a invasão à Ucrânia, em fevereiro do ano passado, Putin tem reforçado o arsenal nuclear russo, em meio ao constante apoio ocidental ao governo de Volodymyr Zelensky.

Em julho deste ano, o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitry Medvedev, reforçou o coro sobre o potencial uso de ogivas atômicas na guerra. Em uma publicação no Telegram, ele afirmou que a Rússia não teria outra opção a não ser implementar os dispositivos caso a contraofensiva ucraniana, apoiada pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), aliança militar ocidental, leve à vitória de Kiev.

“Imaginem que a ofensiva, em conjunto com a Otan, deu certo e acabou com a retirada de parte do nosso território. Então teríamos que usar armas nucleares em virtude das estipulações do Decreto Presidencial Russo”, escreveu Medvedev. “Nossos inimigos devem rezar a nossos combatentes para que não permitam que o mundo seja destruído por chamas nucleares.”

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