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Putin determina investigação sobre possíveis infrações nas eleições

Por Da Redação
5 mar 2012, 10h36

Moscou, 5 mar (EFE).- O primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, vencedor das eleições presidenciais de domingo, determinou nesta segunda-feira a investigação de todas as possíveis infrações registradas durante a votação.

‘Pedirei ao presidente da Comissão Eleitoral Central (CEC), Vladimir Churov, que investigue detalhadamente todas as possíveis violações apontadas’, afirmou Putin, citado pelas agências russas.

Putin deu essas declarações ao se reunir com três dos quatro candidatos que enfrentou no domingo: o multimilionário Mikhail Prokhorov, o ultranacionalista Vladimir Zhirinovsky e o social-democrata Sergei Mironov.

O grande ausente foi o candidato comunista, Gennady Zyuganov, que se negou a comparecer após afirmar no dia anterior que não pode reconhecer as eleições ‘como limpas, justas e honestas’.

‘Para mim, essa campanha eleitoral, apesar de toda sua dureza, esteve livre da sujeira de outros tempos’, indicou Putin, citado pela agência ‘Interfax’.

‘Se as infrações foram permitidas por pessoas sob jurisdição russa, certamente haverá reação’, acrescentou.

O coordenador da missão de observadores da Assembleia Parlamentar do Conselho da Europa (PACE, na sigla em inglês) e da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), Tonino Picula, lamentou que o processo eleitoral ‘não tenha cumprido uma série de importantes compromissos’ assumidos pelo país diante dessas organizações.

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‘Os compromissos da Rússia em alguns aspectos foram descumpridos’, apontou Picula, que acrescentou que ‘as eleições foram injustas, apesar de algumas inovações no sistema eleitoral’.

O vencedor das eleições destacou que a instalação de câmeras em quase todos os colégios eleitorais foi um mecanismo muito eficaz e manifestou sua confiança de que ‘no futuro os procedimentos eleitorais serão aperfeiçoados e a transparência para reduzir possíveis infrações será ampliada’.

A chefe da missão dos observadores do Escritório para as Instituições Democráticas e Direitos Humanos (ODIHR) da OSCE, a suíça Heidi Tagliavini, também avaliou positivamente a instalação de câmeras nos colégios eleitorais para aumentar a transparência.

‘É uma experiência positiva, mas insuficiente para dissipar as dúvidas em relação à transparência do processo de votação’, disse Heidi, que enfatizou que apesar de os candidatos terem feito campanha sem problemas, ‘não puderam competir em igualdade de condições’.

Para o chefe da missão de observadores da OSCE, Tiny Kox, o ganhador das eleições contou com grande vantagem durante a campanha.

‘As condições da campanha favoreceram claramente um dos candidatos, o primeiro-ministro’, explicou Kox.

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A missão europeia avaliou de maneira positiva o processo de votação, mas destacou que ‘a situação piorou durante a apuração pelo menos em um terço dos colégios eleitorais observados’.

A CEC respondeu às denúncias dos observadores europeus e negou que tivessem sido criadas condições favoráveis para a vitória de Putin.

‘Não vemos condições especiais contrárias à lei’, disse Tatiana Voronova, coordenadora da CEC para os observadores internacionais.

Já Prokhorov afirmou que ‘houve irregularidades na votação’ e que ‘é preciso fazer todo o possível para investigar cada caso’ e ‘punir’ os culpados. ‘Precisamos disso para que o país avance’, comentou.

Putin é o vencedor das eleições presidenciais de domingo com a apuração de 99,07% dos votos, após receber quase 64% deles, informou nesta segunda-feira a CEC. EFE

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